José Milagre

O que a Internet está escondendo de você?

12/07/2020 | Tempo de leitura: 3 min

Em tempos de remoção de contas e perfis pelo Facebook e votação do Projeto de Lei de Fake News, recebemos mensagens para indicações de livros a respeito do monitoramento de nossas vidas na Internet. O livro que indicamos é o "The Filter Bubble" (A Bolha do Filtro), de Eli Pariser, uma importante reflexão sobre quando temos que nos preocupar com o Google e qual é o nosso papel como consumidores de conteúdo. A "bolha de filtro" seria um ambiente de informações que você vivencia online, mas que foi construído "especialmente" para você pela matriz de filtros personalizados na Internet. A pesquisa do autor se deu quando, pesquisando pelo Google, encontrou "autoridade nos resultados" e, ao observar os resultados de busca de um amigo, percebeu que eram bem diferentes.

Problemas atuais
da Filter Bubble...

Somos diariamente apresentados a informações, fotos, vídeos, imagens, conteúdos, cuidadosamente arquitetados para nós com base em dados pessoais que nós mesmos cedemos, ainda que sem saber. Estas coisas todas que apresentam na nossa bolha não são, necessariamente, informações relevantes. Ou seja, a cada dia mais estamos em overdose informacional, consumido sem questionar um conteúdo criado pelos controladores dos principais repositórios e redes sociais. Será que os algoritmos são "isentos" e não nos direcionam a informações que sejam interessantes para os controladores das redes? Segundo o autor, apesar dos algoritmos, são os administradores humanos que nos direcionam para conteúdo que sequer sabíamos que estávamos interessados.

O que o Google sabe sobre nós?

Para Pariser, tudo depende de quanto você usa o Google (como se fosse fácil não pesquisar no Google, não ter um celular Android, nem usar um g-mail, maps, drive...). São inúmeras informações levantadas, como tudo que eu pesquiso, e-mail, trajetos, mensagens trocadas e arquivos armazenados, dentre outros. Segundo o autor, mesmo que você não esteja conectado, há 57 sinais de dados de cada usuário. Deste modo, a preocupação aqui é não apenas sobre o que o mundo sabe sobre você, mas, principalmente, o que você vê sobre o mundo. Será que as lentes que as redes sociais e buscadores te dão lhe mostram efetivamente o que está acontecendo? Agora imagine este poder da matriz, direcionado a processos eleitorais e para influenciar a opinião pública? Imagine que uma rede social possa diminuir o alcance de determinadas postagens, a seu critério? Será que isso acontece? Não fazer um papel de "rato digital" e buscar novos caminhos e repositórios "fazendo um caminho diferente da gaiola giratória" pode ser uma forma de proteção.

Palestra de Pariser
no TEDX

Para assistir a palestra de Eli Pariser (Cuidados com as "bolhas de filtro" online) Acesse https://www.ted.com/talks/eli_pariser_beware_online_filter_bubbles?language=pt

Boicote ao Facebook

O Facebook está sofrendo um Boicote de grandes empresas em todo o mundo, denominado Stop Hate for Profit (Pare de Dar Lucro ao Ódio). As empresas alegam que a rede social não faz o suficiente para remover conteúdo racista e de ódio da sua plataforma. As grandes empresas suspenderam a publicidade e os impactos podem ser grandes. A maior parte da receita do Facebook vem de anúncios. Nesta semana o preço das ações da gigante caiu 8%

Covid-19 pode derrubar
o mercado de PCs

Os impactos econômicos sofridos em decorrência da Pandemia do Coronavírus são sensíveis em diversos segmentos da tecnologia. Apesar do anúncio recente de que o mercado de computadores pessoais (PCs) voltou a crescer, a consultoria Canalys publicou números que estabelecem uma baixa de 7% nas vendas globais de PCs, notadamente pela dificuldade financeira dos consumidores. Só nos Estados Unidos, a queda é de 6%, considerando os 40 milhões de pedidos de seguro desemprego, desde o início da Pandemia.

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Você acredita que vivemos em bolhas na Internet e as redes sociais filtram o que chega até nós, impedindo que tenhamos acesso a determinados conteúdo? Envie sua opinião para consultor@josemilagre.com.br e não deixe de se inscrever no canal www.youtube.com/josemilagre Continuamos o debate por lá!

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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