José Milagre

Mega vazamentos de dados no Facebook e LinkedIn

11/04/2021 | Tempo de leitura: 3 min

Na última semana, o Facebook anunciou em seu blog oficial um recente vazamento de dados de 533 milhões de usuários, entre eles, 8 milhões relativos a brasileiros. Segundo o site Bleeping computer, que analisou o vazamento, os dados vazados incluem telefone celular, ID do Facebook, gênero e nome de usuário. O Facebook se pronunciou dizendo que o problema não está relacionado a uma invasão ao sistema, mas devido ao mal uso de uma tecnologia chamada Scrapping, que consiste em técnica automatizada usada para coletar dados de sites, páginas e perfis que são abertos ao público. A rede ainda assegurou que dados financeiros e senhas não foram comprometidos e que o vazamento é composto por dados que foram coletados no fim de 2019.

Correção?

A Companhia diz que está trabalhando duro e com dedicação para retirar os dados vazados do ar, porém, nada impede que esses dados voltem recircular. Fato, uma vez que a Internet tem o poder do não esquecimento. O vazamento repercutiu no mundo, sendo investigado em diversos países.

Vítimas do Brasil

No Brasil, o órgão responsável pelas investigações é o Procon-SP. O órgão responsável na Irlanda (DCP) - Comissão de Proteção de Dados, afirma que esses dados já haviam sido vazados anteriormente, mas o Facebook decidiu não notificar, uma vez que os dados foram coletados antes da implementação do Regulamento de Proteção de Dados Pessoais.

Vazamento de dados no LinkedIn

Outro vazamento importante relatado esta semana e que nos alerta, mais uma vez, sobre a vulnerabilidade da segurança aplicada aos dados pessoais que fornecemos, ocorreu com a plataforma voltada para negócios e relacionamentos profissionais LinkedIn. O vazamento ocorreu com 500 milhões de contas. Os dados foram colocados à venda por um criminoso digital. A Rede Social negou o ocorrido. O hacker postou provas do vazamento, fator que, após análise, comprovou que vieram da plataforma em questão.

Os dados incluem Id do LinkedIn, endereço de e-mail, nome completo do usuário, número de telefone, gênero e até links profissionais. O LinkedIn se manifestou em suas redes sociais e afirmou que o vazamento não é devido a uma violação do seu sistema, mas sim devido ao... Advinha? Uso de Scrapping (técnica que explicamos acima), que coletou informações de outros sites também. O vazamento está sendo investigado por órgãos da Itália.

Tecnologias usadas na investigação do caso do menino Henry

Após a utilização de um programa, a polícia constatou provas contra o vereador Dr. Jairinho e a professora Monique, presos na última quinta-feira suspeitos da morte do menino Henry Boreal. O programa utilizado chama-se Cellebrite Premium, utilizado em investigações policiais, e foi comprado da empresa israelense de produtos de computação forense. Ele foi considerado pela polícia como essencial para esclarecimento do caso.

Tal aplicação funciona desbloqueando telefones e consegue extrair informações do aparelho, inclusive dados que formam previamente apagados, uma vez que especialistas afirmam que os dados, quando são apagados, não desaparecem do sistema do aparelho celular, mas ficam armazenados e inacessíveis e, com o tempo, o espaço ocupado por esses dados vai ser ocupado por novas informações. Esse fator torna possível a recuperação de mensagens que foram apagadas. No caso do menino, o celular dos pais e de Jairinho foram apreendidos no último dia 26, e a licença para o uso do Cellebrite foi obtida dia 31/03. No celular da mãe foram encontrados prints que mostravam uma conversa dela com a babá de Henry, onde a funcionária dizia que o menino havia relatado sofrer agressões por Jairinho, o que aparentemente comprovou o conhecimento da mãe em relação às agressões.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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