O primeiro anúncio do nascimento virginal se encontra em Gênesis 3.15, que da mulher nasceria o libertador. Por certo esse texto não ensina explicitamente o nascimento virginal, mas daquele que viria, é mencionado como filho apenas da mulher. Já em Isaías 7.14, a profecia diz que uma virgem conceberia, teria um filho e que seu nome seria Emanuel, "Deus conosco". Entrando no Novo Testamento, encontramos o texto citado por Mateus (1.23) se referindo ao nascimento virginal de Jesus. Em Gálatas 4.4 também ensina sobre o nascimento virginal: "Deus enviou seu Filho, nascido de mulher". O nascimento de Jesus foi resultado da atuação do Espírito Santo dentro do corpo de Maria. O imaterial (o Espírito) e o material (o útero de Maria) foram ambos envolvidos. Somente Deus poderia fazer o milagre da Encarnação.

CRENÇA E DESCRENÇA

Apesar de mais um Natal se aproximando, muitos hoje em dia desconsideram o nascimento virginal de Jesus o Cristo, por simples incredulidade e arrogância por dizerem que hoje enxergam de maneira diferente. Mas ninguém deveria ter o direito de abandonar os primeiros fundamentos, se estes não forem antes satisfatoriamente contra argumentados e falidos. Porque se o nascimento virginal for histórico, o lugar para começar é com os documentos. Lucas, cidadão do primeiro século, era grego, médico e um historiador cauteloso. Lucas era preciso em suas pesquisas, e assim aproveitou a sua perspicácia para falar com aqueles que conheceram Jesus Cristo desde o seu nascimento. Ele escreve: "Eu mesmo investiguei tudo cuidadosamente desde o início" (Lucas 1.3). Ele não estava apenas relatando histórias ou rumores, mas relatando fatos que havia cuidadosamente investigado e pesquisado. O texto sagrado não relata, mas o doutor Lucas provavelmente obteve as informações sobre o nascimento virginal da própria Maria, que seria a participante original e a melhor de todas as testemunhas oculares. Portanto cremos, como o relato bíblico afirma, que Jesus não nasceu de uma relação sexual (Hebreus 7.26). Assim o fato de ter nascido de uma virgem frustrou a transmissão da natureza humana pecaminosa e permitiu que o eterno Deus nascesse pessoa perfeita. Esse é o fundamento para a alegria do Natal.

FATO REAL

A ideia do nascimento virginal não é um acréscimo posterior ao Cristianismo, mas está presente nas fontes iniciais do evento. Muitas vezes as pessoas tentam minar a fé cristã dizendo que o nascimento virginal é apenas algo que foi anunciado centenas de anos mais tarde. Porem o que temos no Novo Testamento é diferente. Ali encontramos a expressão na narração histórica do fato como ocorrido. O nascimento virginal não foi invenção dos apóstolos ou os pais da igreja, ou ainda qualquer outro escrito posterior, mas foi vivido pela própria Maria, mãe de Jesus, e confiável de todas as testemunhas a quem ela transmitiu a informação. O nascimento virginal é um fato histórico. Reconhecemos, é claro, que as pessoas não gostam de fatos que não correspondam à sua própria expectativa. Rapidamente descartam como mito aquilo que rejeitam. Mas esse não é um procedimento sábio. As pessoas geralmente têm uma filosofia limitada. Muitas coisas não são entendidas por todos, mas isso não significa que sejam falsas. Quando estamos lidando com as grandes doutrinas do cristianismo, devemos reconhecer que, apesar da descrença contemporânea, o nascimento virginal tem um lugar na história. O nascimento virginal é importante por causa de sua natureza única e milagrosa, que, portanto, aponta para a singularidade de Jesus Cristo. É de grande significado, sobrenatural, que a vida do Senhor Jesus esteja entre dois grandes milagres. No início está o nascimento virginal; Ele veio a existir sem a participação de um pai humano, e assim era Filho de Deus e filho do homem de uma maneira única. E no final está a ressurreição, que é quando Jesus conquista e transcende o maior de todos os inimigos, a morte. Que maneira mais clara Deus usou para chamar a atenção para o seu momento único na história da humanidade.

IGREJA BATISTA DO ESTORIL

59 anos atuando Soli Deo Gloria