O Brasil gerou R$ 1,5 trilhão em valor da transformação industrial em 2020, resultado que reflete um valor da produção de R$ 3,6 trilhões (vendas e variação de estoque) deduzido de custos de R$ 2,1 trilhões das operações. Os dados são da Pesquisa Industrial Anual (PIA) divulgados pelo IBGE. Vale destacar que a indústria de transformação respondeu por 92,9% do faturamento gerado pelo segmento industrial naquele ano.

Banco Central Europeu eleva juros pela primeira vez desde 2011

O Banco Central Europeu elevou a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, sendo o primeiro aumento desde 2011. A tentativa é conter a disparada da inflação na zona do euro. A taxa de depósitos foi elevada de -0,50% para 0%, a de refinanciamento de 0% para 0,50%, e a de empréstimos de 0,25% a 0,75% ao ano. importante destacar que a taxa anual de inflação ao consumidor na zona do euro atingiu o nível recorde de 8,6%, e está sendo impulsionada pelos efeitos da guerra entre Rússia na Ucrânia.

Receio de recessão mundial

O Brasil pode ser prejudicado caso se instale recessão nas principais economias mundiais. O que levaria a recessão? Para conter a inflação, os Bancos Centrais estão elevando a taxa básica de juros. Isso vem ocorrendo aqui, no Brasil, na zona do euro e outras localidades. Se a dose for excessiva, os preços cairão, mas as economias podem ficar engessadas, caindo o nível de atividade econômica. A dose de juros não pode se transformar de remédio em veneno.

Estagflação seria o pior cenário

Além do risco de recessão no mundo em 2023, outra preocupação é que a recessão se instale nas principais economias do mundo, porém, sem queda expressiva dos preços. Se isso ocorrer teríamos a estagflação, ou seja, queda no crescimento econômico e inflação, gerando alta no desemprego. As Autoridades Monetárias precisam considerar esta preocupação para evitar que o pior aconteça.

Dívida pública abaixo de 70%?

A questão fiscal é muito cara para quem analisa o nível de risco de uma economia. No caso brasileiro, o Teto de Gastos, evita que os gastos públicos se elevem sem limite, reduzindo as incertezas da economia. Segundo o Tesouro Nacional, se o Teto de Gastos for mantido no modelo atual até 2027 o governo chegará em 2031 a um nível máximo de 70% do PIB. Vale destacar que este nível está na casa dos 80% atualmente.

Teto de Gastos: métrica

O Teto de Gastos funciona assim: o volume de gastos da União do ano anterior poderá ser corrigido somente pela inflação para o ano seguinte. Abre assim espaço para negociação na alocação de recursos, sem aventuras fiscais.

Tripé-macroeconômico

A sustentação do crescimento econômico leva em conta a prática do chamado tripé-macroeconômico, isto é, ajuste fiscal (o Teto de Gastos ajuda nisso), metas de inflação e câmbio flexível. O Brasil adota o tripé. Devido aos desequilíbrios da economia a meta de inflação não está sendo cumprida, mas está em curso sua redução. O país não pode abrir mão destes importantes instrumentos para garantir que a economia cresça e se sustente ao longo do tempo. Fiquemos atentos aos programas de governo de quem irá comandar o país nos próximos quatro anos.

Mude já, mude para melhor!

Simplesmente está impossível travar um bom debate. O mi mi é de tamanha grandeza que uma simples opinião, é interpretada por algumas pessoas como preconceito, como autoritarismo, enfim, tudo fora de contexto. Tempos difíceis em que a intolerância está atingindo seu limite máximo. Como dizem: o mundo está ficando chato, e eu diria, muito chato mesmo. Mude já, mude para melhor!