Conversando com o Bispo

Agosto, mês vocacional

07/08/2022 | Tempo de leitura: 3 min

Na Igreja, agosto é todo ele mês vocacional. Como fonte de todas as vocações, a família vem em primeiro lugar; a sua vocação e missão são essenciais para a vida humana que nasce do amor entre um homem e uma mulher. Neste primeiro domingo de agosto, a Igreja celebra o dia do Padre. A Liturgia nos convida a oferecer orações por nossos padres, bem como por nossos diáconos permanentes e pelas vocações sacerdotais. O Santo Cura d'Ars, São João Maria Vianney, é o santo padroeiro de todos os padres, cuja memória foi comemorada no último dia quatro. Filho de camponeses, João Maria viveu sua infância presenciando o terror da Revolução Francesa. Sua vocação sacerdotal longe de esmorecer ao contrário se fortaleceu ante o heroísmo e a cruz dos padres e fiéis martirizados pela perseguição religiosa. Foi Pároco da pequeníssima cidade de Ars por 42 anos. Com muitas orações e penitências, pregação e catequese, caridade e atendimento no confessionário, de madrugada até à noite, converteu seus paroquianos como atraiu peregrinos vindos de todas as partes. Morreu aos 74 anos, esgotado pelas penitências e trabalhos apostólicos no exercício de seu ministério sacerdotal. Pouco antes de morrer, ele disse estas palavras: "É belo morrer depois de ter vivido na cruz". A Igreja escolheu este santo tão simples para patrono dos padres.

No Evangelho da santa Missa de hoje - Lc 12,32-48 - Jesus diz a seus discípulos: "Não tenhais medo, pequenino rebanho, pois foi do agrado do Pai dar a vós o Reino". Então, eis uma sábia proposta de vida: quem tem o Reino de Deus como o seu tesouro não deve se preocupar com as riquezas materiais. De tal maneira que Jesus, para estimular a capitalização de bens do Reino, ordena: "Vendei vossos bens e dai esmola. Fazei bolsas que não se estraguem, um tesouro no céu que não se acabe; ali o ladrão não chega nem a traça corrói. Porque, onde está o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração". Diante da proposta que tem aplicação atual, a pergunta óbvia que resulta para nós é esta: A qual tesouro o nosso coração está apegado, dos bens do Reino do céu ou dos do Reino do mundo? A resposta mostrará a quanto e de que modo nós vivemos, se tranquilos e livres ou se agitados e cheios de medo.

Nosso povo do interior adaptou o apelo de Jesus à vigilância e prontidão a esta fórmula: "Não durma no ponto!" Quer dizer, esteja acordado, atento, porque você pode perder o bonde da história ou o cavalo arreado que passar sem ninguém montado. Como diz o gaúcho, se você não aproveitar, outro o montará e você terá perdido para sempre uma oportunidade excepcional, talvez única na vida, de uma grande realização. Na lição do Evangelho, Jesus recomenda ao discípulo que esteja preparado, isto é, que não viva dormindo. "porque quando menos se espera virá o Filho do homem". Inclusive a irmã morte, como dizia São Francisco, da qual ninguém se livrará, irá surpreender, batendo na nossa porta em momento que não se sabe quando será. Convém, então, viver preparado, pois esse evento é tão certo e de tão grande monta quanto no caso do dono da casa que "se soubesse a hora em que o ladrão iria chegar, não deixaria que a arrombasse, conforte comparação feita por Jesus. Rezemos por nossos padres, diáconos e seminaristas.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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