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Adoçante mexe com metabolismo

FolhaPress
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Alguns dos adoçantes mais usados no mundo, criados para substituir o açúcar e evitar os efeitos nocivos de seu consumo, na verdade podem acabar tendo efeitos semelhantes aos dele sobre o metabolismo, além de afetar os micro-organismos intestinais, indica um estudo feito por pesquisadores israelenses.

Ainda é cedo para dizer o que esses achados significam para a saúde de quem consome adoçantes há muito tempo ou em grandes quantidades. Mas eles equivalem a um sinal amarelo quanto ao uso dessas substâncias e indicam que não se deve esperar que eles sejam "neutros" para o organismo, conforme se achou durante muito tempo.

"Isso significa que esses compostos provavelmente não são inertes no corpo humano", disse o coordenador do estudo, Eran Elinav, do Instituto Weizmann de Ciência. "É importante destacar que nossas descobertas não sugerem, de modo algum, que o consumo de açúcar seja mais recomendado que o de adoçantes. Acreditamos que o açúcar deve ser evitado ou ter seu uso minimizado, especialmente em populações suscetíveis a doenças metabólicas, como a diabetes, ou que sofrem delas", afirma.

Na pesquisa, que acaba de sair na revista especializada Cell, a equipe israelense, junto com colegas da Alemanha, investigou a fundo os efeitos metabólicos de um quarteto dos chamados ANNs (adoçantes não nutritivos), assim designados porque sua absorção pelo organismo é muito baixa ou nula. O grupo de ANNs da pesquisa inclui sacarina, sucralose, aspartame e estévia.

Conforme explica Elinav, os sachês comerciais desses adoçantes normalmente recebem um pequeno acréscimo de glicose (um tipo de açúcar "real"), que serve para aumentar seu volume e amenizar o gosto característico deles. Para evitar que isso confundisse a análise, os pesquisadores também testaram o efeito dessa pequena quantidade de glicose nos participantes do estudo.

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