
A inflação no Brasil continua sendo motivo de preocupação, e os alimentos estão entre os itens que mais pesam no bolso da população. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central divulgou, nesta terça-feira (4), um relatório recente que aponta para a continuidade desse cenário.
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Confira os principais pontos:
Alta dos alimentos: o que está acontecendo?
A seca prolongada ao longo do ano impactou a produção agrícola, reduzindo a oferta de diversos alimentos. O preço das carnes também subiu, influenciado pelo ciclo de produção do gado bovino.
O aumento do dólar pressiona os preços dos alimentos importados e dos insumos agrícolas.
Inflação acima da meta
A inflação geral e seus indicadores subjacentes continuam acima da meta estabelecida pelo Banco Central.
A pesquisa Focus apontou que as expectativas para a inflação de 2025 e 2026 estão em 5,5% e 4,2%, respectivamente, indicando um cenário ainda desafiador. "Desse modo, com a inflação de junho deste ano, configurar-se-ia descumprimento da meta sob a nova sistemática do regime de metas", diz a nota do BC.
Mercado de trabalho e consumo aquecidos
Apesar da política monetária restritiva, a economia brasileira continua aquecida, com baixo índice de desemprego e crescimento do consumo das famílias.
Esse dinamismo contribui para a manutenção da inflação elevada, especialmente no setor de serviços e alimentos.
Impacto no dia a dia do consumidor
O cenário aponta para a continuidade da pressão sobre os preços dos alimentos nos próximos meses. Os consumidores devem continuar enfrentando dificuldades para manter o mesmo padrão de consumo, especialmente em produtos básicos.
O que esperar daqui para frente?
O Banco Central manteve sua estratégia de controle da inflação, elevando a taxa básica de juros para 13,25% ao ano.
Apesar da ação, a inflação dos alimentos ainda deve permanecer elevada por conta da inércia inflacionária e dos desafios econômicos globais.
O consumidor deve se preparar para mais meses de preços altos, enquanto o governo busca medidas para conter a inflação sem prejudicar o crescimento econômico.
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