Morreu nesta segunda-feira, aos 85 anos, o maestro, compositor e pianista Marlos Nobre, que passou por diversas instituições do meio erudito ao longo de sua carreira e foi o primeiro brasileiro a reger a Royal Philarmonic Orchestra de Londres, em 1990.
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A informação foi confirmada por sua mulher, Maria Luiza Nobre, que não definiu a causa da morte.
Autor de cerca de 250 composições, trabalhou com uma linguagem eclética, combinando técnicas como politonalidade com atonalidade e elementos da música popular brasileira. Com "Concertino para piano e orquestra de cordas", de 1959, recebeu menção honrosa 1º Concurso de Música e Músicos do Brasil, promovido pela Rádio MEC, onde depois seria diretor musical.
Fora do ambiente da música, teve peças suas nas trilhas de filmes do cinema novo, como "O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro", de Glauber Rocha, de 1969, e "Os Inconfidentes", de Joaquim Pedro de Andrade, de 1972, onde é executada composição "Mosaico".
Recifense, nascido em fevereiro de 1939, iniciou seus estudos no Conservatório Pernambucano de Música aos cinco anos. Em 1955, ele se formou em piano e teoria musical e estudou composição com H.-J. Koellreutter e Camargo Guarnieri entre 1960 e 1962.
Ao longo da carreira estudou ainda com nomes como Alexandre Goehr e Günther Schüller, no Berkshire Music Center, nos Estados Unidos, e trabalhou com Leonard Bernstein.
Nobre também recebeu distinções como a Bolsa Guggenheim, o Prêmio Tomás Luís de Victoria da SGAE e a Ordem do Mérito Cultural do Brasil.
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