CRUELDADE

Jovem jogado de ponte por PM saiu andando, dizem moradores

Por Da redação | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
William Cardoso/Metrópoles
Testemunhas afirmam que, após a queda de aproximadamente três metros no Córrego do Cordeiro, o rapaz saiu caminhando com a cabeça bastante machucada.
Testemunhas afirmam que, após a queda de aproximadamente três metros no Córrego do Cordeiro, o rapaz saiu caminhando com a cabeça bastante machucada.

Na madrugada de segunda-feira (2/12), na Rua Padre Antônio Gouveia, Cidade Ademar, zona sul de São Paulo, um jovem foi arremessado de uma ponte por um policial militar durante uma operação para dispersar um baile funk.

Testemunhas afirmam que, após a queda de aproximadamente três metros no Córrego do Cordeiro, o rapaz saiu caminhando com a cabeça bastante machucada.

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Moradores relataram que a Polícia Militar iniciou abordagens por volta das 21h, visando jovens em motocicletas que participavam do evento. O jovem arremessado teria passado pelo local ao menos três vezes e, na última tentativa, foi interceptado pelos policiais.

Após o incidente, os PMs deixaram a área, retornando cerca de dez minutos depois com um efetivo maior, isolando a região e impedindo a aproximação de pessoas. A vítima não estava mais presente quando a área foi cercada.

Uma moradora que presenciou a cena expressou incredulidade diante da ação policial, uma crueldade, apesar do incômodo causado pelas festas frequentes na região. 

Outra testemunha, em situação de rua, relatou ter ouvido o jovem dizer ao policial: “O senhor não vai atrasar meu lado, né?”, indicando que seria entregador e não queria perder a moto. Em seguida, o policial o arremessou da ponte.

Os moradores destacaram que os “pancadões” são comuns na área, especialmente nos fins de semana, e que a reação da PM costuma ser violenta, com uso de bombas e agressões. No entanto, afirmaram nunca ter presenciado uma ação semelhante à ocorrida no domingo.

A Polícia Militar informou que está apurando os fatos e que não compactua com desvios de conduta de seus agentes. A Corregedoria da PM acompanha o caso para determinar as responsabilidades e possíveis sanções aos envolvidos.

*Com informações do Portal Metrópoles.

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