Marco Aurélio Cardenas Acosta, estudante de medicina de 22 anos, foi morto com um tiro à queima-roupa por um policial militar durante uma abordagem em um hotel na Vila Mariana, zona sul de São Paulo, na madrugada de 20 de novembro. A ação foi registrada por câmeras de segurança, desmentindo a versão apresentada pelos PMs no boletim de ocorrência.
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Segundo as imagens, Marco, sem camisa, entra correndo no hotel, seguido pelo soldado Guilherme Augusto, que o aborda com a arma em punho. Após se desvencilhar, Marco é chutado pelo soldado Bruno Prado. Ao cair, este desequilibra, e o soldado Augusto dispara contra o estudante. Não há indícios no vídeo de que Marco tentou desarmar os policiais, como alegado no B.O.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que os policiais envolvidos estão afastados das atividades operacionais, enquanto o caso é investigado pela Corregedoria da PM e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). As câmeras corporais dos policiais estavam ligadas, contrariando a versão inicial do registro oficial, e os vídeos serão analisados.
Marco estava no hotel com Gabriele Elias, que relatou um desentendimento após cobrar uma dívida de R$ 20 mil. Após fugir do quarto, Gabriele buscou ajuda do recepcionista, que acionou a polícia. O estudante foi abordado no local e acabou baleado.
A família de Marco questiona a atuação policial. Seu pai, Julio César Acosta, médico, relatou negligência no atendimento ao filho. Marco foi levado ao Hospital do Ipiranga, onde não resistiu ao ferimento.
Marco era aluno de medicina na Anhembi Morumbi, compositor e jogador do time de futebol da universidade. Homenagens da faculdade e colegas destacaram sua memória e trajetória. A morte gerou comoção e reforçou debates sobre a conduta policial e o uso da força em abordagens.
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