FRAUDE EM CONCURSOS

MP solicita suspensão de concursos na região Noroeste por suspeita de fraude

Operação do Gaeco investiga empresas de aplicação de provas e candidatos aprovados sob suspeita de venda de vagas

Por Wesley Pedrosa | 03/05/2024 | Tempo de leitura: 1 min
da Redação

Divulgação

Grupo é acusado de manipular processos licitatórios e, vendia vagas em concursos públicos realizados por Prefeituras e Câmaras Municipais
Grupo é acusado de manipular processos licitatórios e, vendia vagas em concursos públicos realizados por Prefeituras e Câmaras Municipais

O Ministério Público (MP) solicitou a suspensão temporária dos concursos públicos realizados pela Prefeitura de Guzolândia, em 2023 e 2024, e pela Câmara Municipal de Auriflama, neste ano.

A decisão foi tomada uma semana após o início da operação do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (Gaeco), que visa combater fraudes no processo de seleção dos candidatos.

As empresas encarregadas de aplicar as provas nas duas cidades foram alvo da operação.

De acordo com o MP e divulgados pela TV Tem, o suspeito de ser líder da organização criminosa foi detido em Jales. Ele já tinha sido condenado anteriormente por práticas irregulares e estava proibido de participar de licitações.

Para continuar cometendo os delitos, o indivíduo teria registrado empresas em nome de terceiros e usava essa artimanha para cometer as fraudes.

O grupo é acusado de manipular processos licitatórios e, principalmente, vender vagas em concursos públicos municipais realizados por Prefeituras e Câmaras Municipais. Três empresas do setor foram alvo das investigações na região.

Agentes do Gaeco, com apoio da Polícia Militar, cumpriram 15 mandados de busca e apreensão e um de prisão temporária em seis cidades:

Guapiaçu;
Fernandópolis;
Jales;
Aparecida d'Oeste;
Franca;
Auriflama.

Dois candidatos aprovados recentemente em concurso para Procurador Jurídico Municipal estão sob investigação. Ambos são advogados e residem em Auriflama e Guzolândia. Diversos materiais, como documentos e computadores, foram apreendidos e serão periciados.

Os investigados podem enfrentar acusações que incluem associação criminosa, fraudes em concursos públicos, falsidade ideológica, além de delitos relacionados a licitações e contratos administrativos.

Outro lado
A Câmara de Auriflama informou, em nota, que ainda não recebeu oficialmente a notificação do MP. A Prefeitura de Guzolândia comunicou por meio de nota que, após receber o ofício com a recomendação do MP, suspendeu os dois concursos enquanto a investigação estiver em andamento.

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