EXPORTAÇÕES

Alta na exportação de aeronaves impulsiona balança comercial da RMVale

Por Xandu Alves | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
Divulgação / Aeroportos Brasil Viracopos
Exportação em Campinas
Exportação em Campinas

A exportação de aeronaves tornou-se o maior ativo da balança comercial da RMVale, no lugar do petróleo, produto de baixo valor agregado.

Ao contrário, os aviões exportados pela Embraer são um dos produtos de maior valor agregado vendidos pelo Brasil.

A região aumentou a exportação de aeronaves em 25,75% de janeiro a julho de 2023 na comparação com o mesmo período de 2022: US$ 959,9 milhões contra US$ 763 milhões.

No mesmo intervalo, a exportação de petróleo caiu 20%: US$ 3,13 bilhões contra US$ 3,91 bilhões.

O produto continua líder da pauta exportadora da região, mas com menor participação no total da balança. A participação do petróleo caiu de 57% para 50%, queda de 11,5%.

Na contramão, as aeronaves aumentaram a participação nas exportações, passando de 11% para 15%, alta de 39%.

PRODUTOS

Terceiro produto mais exportado pela RMVale, os automóveis perderam volume de venda neste ano, com US$ 387,9 milhões diante de US$ 439,7 milhões no ano passado, também de janeiro a julho, uma retração de 11,7%.Com isso, a participação dos carros no total da exportação caiu 2,39%, de 6,39% para 6,24%.

As obras de ferro e aço tiveram um aumento exponencial na balança comercial do Vale, com aumento de 208%, passando de US$ 109 milhões para US$ 336,6 milhões. A participação no total da exportação subiu 241%, de 1,59% em 2022 para 5,41% em 2023.

Também a venda de pastas de madeira cresceu 15% na região neste ano, com US$ 211 milhões contra US$ 183,3 milhões no ano passado.

SÃO JOSÉ

Principal sede da Embraer, São José dos Campos foi responsável por 55% das aeronaves exportadas no país em 2023: US$ 726,8 milhões de um total de US$ 1,32 bilhão. A RMVale vendeu US$ 959,9 milhões em aeronaves neste ano.

E a tendência é de São José aumentar a participação na pauta exportadora do Vale e do país em razão do aumento das entregas da Embraer, que cresceram 47% no segundo trimestre deste ano comparado ao mesmo intervalo de 2022.

Segundo o CEO e presidente da Embraer, Francisco Gomes Neto, as projeções da empresa são de crescimento.

"Estamos em um momento de crescimento. Há diversas campanhas de vendas em andamento e temos uma equipe motivada para fazer a Embraer retomar o seu potencial máximo. Esperamos uma aceleração dos pedidos nos próximos trimestres", afirmou (leia mais na página 4).

CAMPINAS

Na Região Metropolitana de Campinas, as exportações aumentaram 1,1% neste ano na comparação com o ano passado, de janeiro a julho, com US$ 3,25 bilhões contra US$ 3,22 bilhões.

Com forte presença nacional na balança comercial das importações, a região comprou menos do exterior neste ano: US$ 8,41 bilhões ante US$ 10,2 bilhões no ano passado.

Segundo Paulo Ricardo Oliveira, professor do Observatório PUC-Campinas, o aumento das exportações deu-se, principalmente, pelo crescimento da venda de tratores, medicamentos e partes e acessórios de motores, mas a queda nas importações é preocupante.

"O contexto de tendência de redução das importações pode ter base na queda dos principais produtos importados pela RMC, mas também pode indicar desaceleração no ritmo da produção industrial", avaliou o professor.

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