A manhã desta quinta-feira (25) amanheceu pesada no Parque Orlanda em Piracicaba. Dentro de uma casa simples, que deveria ser lugar de proteção, a jovem Pâmela Garcia, 25, teve a vida arrancada de forma brutal. O crime, de acordo com as informações, foi motivado por ciúme doentio, machismo, possessão, controle sobre o corpo e as atitudes da mulher, como em muitos outros casos.
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De acordo com as informações apuradas, o homem vivia desconfiado, obcecado pela ideia de que Pâmela estaria seguindo a própria vida. Ele queria ter a posse sobre ela, em um claro ato machista.
Muito além de uma crise de ciúmes, todos esses fatores entraram na discussão — e a violência terminou em morte, feminicídio. Pâmela não teve chance de defesa e foi assassinada com três golpes deferidos com uma faca de serra.
Após o ataque, numa tentativa desesperada de escapar da responsabilidade, o agressor pulou o fundo do imóvel e tentou fugir,mas foi rendido e preso pela Guarda Civil, que agiu rápido em poucos minutos.
Moradores da vizinhança ainda estão em choque. Relatos dão conta de gritos, pedidos de socorro e um silêncio assustador que tomou conta da rua logo após o crime. O que ficou foi a dor, a revolta e uma pergunta que sempre se repete: até quando?
Mais do que uma estatística, Pâmela Garcia era mãe. Dois filhos agora crescem sem o abraço, o cuidado e a presença da mulher que deveria voltar para casa no fim do dia — e não virar manchete policial.
O suspeito foi levado para a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) e permanece à disposição da Justiça. A Polícia Civil investiga o caso como feminicídio.
Mais uma vida interrompida por um ciúme que deixou de ser sentimento e virou sentença de morte.