A Justiça foi dura e não passou a mão na cabeça no réu Tiago da Silva. O criminoso, que matou friamente o comerciante Emerson Shigueo Assato, durante um assalto no estabelecimento Japa Tchay em Limeira, na Região Metropolitana de Piracicaba, foi condenado a 28 anos de prisão em regime fechado. É cadeia pesada, daquelas que só sai depois de muito tempo.
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O crime foi covarde e cruel. O dono do bar estava fechando o comércio, cansado de mais um dia de trabalho, quando foi surpreendido pelo bandido. O ladrão anunciou o assalto e, sem dar chance de reação, partiu pra cima com a faca, cravando o golpe no peito da vítima.
Mesmo ferido gravemente, o comerciante ainda foi socorrido. Mas o estrago já estava feito. Ele morreu no dia seguinte, deixando família, amigos e clientes revoltados com tamanha barbaridade.
Tudo isso por causa de R$ 167, um valor ridículo. O assassino fugiu levando o dinheiro do caixa, além da carteira e do celular da vítima. Por uma mixaria, tirou uma vida.
No tribunal, o réu ainda tentou se fazer de vítima. Confessou que deu a facada, mas disse que “surtou” e agiu em legítima defesa. A história não colou. O juiz foi claro: foi latrocínio, crime dos mais pesados da lei brasileira.
Pesou também o passado problemático do condenado, que já tinha problemas com a Justiça e não conseguiu explicar a origem do dinheiro apreendido. Resultado: regime fechado, cela fria e portão batendo.Mesmo recorrendo da decisão, ele continua preso. A Defensoria Pública faz a defesa, mas não se manifestou.
Enquanto isso, fica a dor de uma família destruída e a revolta de uma cidade inteira diante de um crime que mostra até onde vai a violência: uma vida perdida por causa de trocados.