Um sistema atmosférico de grande impacto está previsto para se desenvolver entre domingo (7) e segunda-feira (8), com potencial para provocar condições severas de tempo em diversas regiões do Brasil.
A formação de um ciclone extratropical profundo deve ocorrer sobre o Rio Grande do Sul, com influência possível também em áreas do Sudeste e do Centro-Oeste.
De acordo com o meteorologista Luiz Fernando Nachtigall, da MetSul, o fenômeno não se trata de um evento comum.
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Ele destaca que o centro de baixa pressão previsto “terá profundidade muito incomum para a nossa latitude, semelhante ao padrão de grandes ciclones observados no Atlântico Norte ou em sistemas extratropicais mais intensos que costumam surgir ao sul do continente”.
Nachtigall reforça a seriedade da situação e afirma que essa configuração atmosférica exige atenção especial da população, uma vez que combina calor recente, ambiente instável e um sistema extremamente potente.
Segundo ele, o encontro dessas variáveis cria um ambiente propício para episódios de tempo severo, com potencial destrutivo. “É preciso considerar este cenário com responsabilidade. O risco é alto. Levem a sério.”, alertou.
Modelos atualizados apontam que o ciclone poderá trazer uma série de eventos meteorológicos intensos, como:
Estados do Sul, especialmente Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, aparecem como as áreas mais vulneráveis no primeiro momento, em razão da proximidade com o centro de baixa pressão.
À medida que o sistema avança, setores do Sudeste e do Centro-Oeste também podem sentir o impacto, com previsão de ventos fortes e chuva significativa em pontos sensíveis à instabilidade.
Acompanhar boletins oficiais da MetSul e dos órgãos meteorológicos federais e estaduais é fundamental, já que os avisos permanecerão em atualização conforme a evolução do sistema.
Em áreas com propensão a alagamentos, recomenda-se evitar o acúmulo de água, verificar calhas e garantir que ralos estejam desobstruídos. Também é aconselhável reforçar estruturas frágeis, proteger janelas e revisar telhados.
Regiões serranas e litorâneas devem redobrar a vigilância, pois o relevo, somado à intensidade da chuva e dos ventos, aumenta a probabilidade de deslizamentos, enxurradas e danos a edificações.
Durante rajadas fortes, evitar deixar veículos sob árvores, retirar objetos soltos de áreas externas e desligar aparelhos elétricos em locais com histórico de queda de energia pode reduzir riscos.