A Polícia Civil de Santa Catarina conduz uma investigação sobre a suspeita de intoxicação de 12 funcionários de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) após o consumo de um refrigerante. O incidente foi registrado na última terça-feira (21), com as vítimas relatando sintomas como tontura, sonolência e lapsos de memória.
Entre os indivíduos afetados estão médicos, enfermeiros, farmacêuticos, técnicos, recepcionistas e colaboradores de serviços gerais. As possíveis motivações para o ocorrido ainda não foram divulgadas pela polícia.
Um laudo preliminar da Polícia Civil (PC), divulgado na segunda-feira (27), indicou que nenhuma substância atípica foi detectada no refrigerante. Contudo, a investigação prossegue, e amostras de sangue das vítimas foram encaminhadas para análise laboratorial em São Paulo, conforme informação do G1.
De acordo com a Polícia Civil, a bebida foi consumida durante um café da tarde. O refrigerante estava em uma garrafa de dois litros e havia sido levado à unidade de saúde pela tia de um dos funcionários.
Até esta terça-feira (28), duas pessoas foram presas sob suspeita de envolvimento na intoxicação: a familiar que transportou a bebida e um homem, sobrinho dela e funcionário da UPA. A investigação aponta que este funcionário havia sido previamente afastado por alegações de assédio sexual contra colegas de trabalho.
Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde informou que os funcionários intoxicados relataram não se lembrar dos fatos. Alguns mencionaram a sensação de cabeça pesada, e um dos indivíduos afirmou que “onde encostava, dormia”.
Segundo a Secretaria de Saúde, os 12 profissionais do pronto atendimento apresentaram tontura, vômitos, sonolência e dificuldade na fala. Pelo menos oito pessoas precisaram de internação hospitalar na terça-feira (21) e receberam alta médica no sábado (25).
A situação ligou um novo alerta no país, que vive momentos de tensão com a crise de bebidas alcoólicas sendo adulteradas com metanol. Até o momento foram 58 casos de intoxicação e 15 mortes confirmadas.