A população de capivaras no Parque da Rua do Porto, em Piracicaba, cresceu 150% nos últimos quatro anos, passando de 12 para 30 indivíduos, de acordo com um levantamento da Prefeitura, publicado inicialmente pelo g1. O aumento tem sido acompanhado de perto pela administração municipal, que planeja uma solução para o problema de saúde pública.
O crescimento no número de animais preocupa as autoridades, já que as capivaras são as principais hospedeiras do carrapato-estrela, vetor da bactéria que causa a febre maculosa. A doença, endêmica na região, pode ser fatal.
Para controlar a população de capivaras de forma responsável, a Prefeitura informou que vai esterilizar os animais do parque. A medida, elaborada em conjunto pelas secretarias municipais de Saúde (SMS) e de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente, busca garantir o bem-estar da fauna e o equilíbrio ambiental.
No entanto, não foi divulgado quando a esterilização será realizada ou quais critérios serão adotados para a operação.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o período de maior risco de transmissão da febre maculosa é entre junho e novembro. Placas de alerta sobre a presença de carrapatos-estrela já foram instaladas em áreas de risco na cidade.
A administração do município esclareceu que o manejo desses animais silvestres não é uma atribuição do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), mas sim de órgãos federais, como o IBAMA.
As capivaras vivem em grupos próximos a corpos d’água e se alimentam principalmente de gramíneas. Sua capacidade de reprodução é um fator-chave para o rápido aumento da população: as fêmeas têm duas gestações por ano, podendo gerar de um a oito filhotes por vez.