O basquete sobre rodas de Piracicaba está em plena atividade e em busca de novos talentos para compor a equipe. Após duas temporadas inativa, a AAPP (Associação dos Amigos e Paradesportistas de Piracicaba) renovou o convênio com a Selam (Secretaria de Esportes, Lazer e Atividades Motoras) e voltou ao trabalho em busca de chegar ao mesmo sucesso de anos anteriores.
“Tivemos uma troca de diretoria e um comprometimento dos atletas em voltar aos treinos para disputarmos torneios um novo recomeço”, explicou Daniel Rivabem Mizuhira, gestor e técnico da equipe.
O retorno aos treinos e aos jogos foi promissor e eles já conquistaram até um torneio amistoso no qual participaram recentemente. Em um triangular que tinha também a Gadecamp (Campinas) e o Mogi Mirim Basquete, a AAPP derrotou os dois adversários e ficou com o título. “Foi bem legal e um incentivo para os meninos. Talvez no final do ano tenha um outro triangular”, espera o gestor.
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Atualmente, o grupo tem 16 atletas, que treinam duas vezes por semana (às segundas e quintas, das 19h às 21h) na Escola Municipal Professor Mário Chorilli, que fica no bairro Astúrias, região do 1º de Maio. “Porém, estamos abertos a aumentar o número, sempre caçando novos talentos”, revelou Rivabem.
Segundo o treinador piracicabano, para se tornar um jogador de basquete sobre rodas “é necessário a partir de uma lesão por encurtamento de mento inferior de 4 cm; e outras lesões de mento inferior, como apuração de perna e paraplegia e outras.”
ESTRUTURA
“Quanto a estrutura da equipe, é necessário ter atletas de diferentes classificações, pois dentro do esporte paralímpico existe a classificação funcional onde cada atleta é avaliado de acordo com sua funcionalidade”, explica Rivabem.
“Então, cada atleta tem um tipo de classificação e pontuação. No basquete sobre rodas, os 5 atletas em quadra têm que somar 14 pontos. Por isso, essa diversidade de atletas de diversas classificações”, completa.
O treinador fala, ainda, de sua paixão por esse esporte. “Sou muito suspeito a falar do basquete sobre rodas. Sou um abnegado. É um jogo muito dinâmico, onde vejo muito esforço físico e mental dos atletas. As regras são praticamente as mesmas, diferencia-se apenas que as pernas dos andantes são as rodas do cadeirante”, declara.
Para o gestor da AAPP, os atletas são guerreiros e vencedores, pois não se abalam com as limitações e vencem os desafios a cada treino, jogo e competição. “Acredito que esse esporte é um treinamento para a vida! Autoestima, capacidade se tornar uma pessoa independente”, finaliza.