MARÇAL X BOULOS

Suposto prontuário divulgado por Marçal tem assinatura de morto

Por Ana Luiza Albuquerque | da Folhapress
| Tempo de leitura: 1 min
Reprodução/Instagram
 Pablo Marçal (PRTB) e Guilherme Boulos (PSOL) estão na disputa pela Prefeitura de São Paulo
Pablo Marçal (PRTB) e Guilherme Boulos (PSOL) estão na disputa pela Prefeitura de São Paulo

O suposto prontuário do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) divulgado na noite desta sexta (4) pelo influenciador Pablo Marçal (PRTB) para associá-lo ao uso de drogas tem dado errado e usa a assinatura de um médico que já morreu.

Na noite desta sexta-feira (4), o autointitulado ex-coach publicou um suposto prontuário da clínica Mais Consultas que narra que Guilherme Castro Boulos teria sido atendido na unidade, localizada no Jabaquara, em surto psicótico. Ainda segundo o documento, o acompanhante de Boulos teria levado um exame toxicológico que teria apontado a presença de cocaína no sangue do deputado.

O RG de Boulos que aparece no prontuário é incorreto, com um número a mais. O médico que assina o suposto prontuário já morreu e não tem especialidade cadastrada no site do Conselho Federal de Medicina.

O sócio da Mais Consultas, Luiz Teixeira da Silva Junior, tem vídeo publicado com Marçal, a quem se refere como seu cliente em outra clínica da qual é dono.

Assessores e um dos sócios do influenciador, Marcos Paulo, também seguem Teixeira nas redes sociais. O dono da Mais Consultas também é sócio de outras empresas em Alphaville, onde Marçal montou sua estrutura empresarial.

Boulos disse que pedirá à Justiça a prisão do influenciador e de Teixeira por falsificação de documento.

No mesmo dia indicado no prontuário, 19 de janeiro de 2021, Boulos fez uma transmissão ao vivo no fim da manhã comentando sobre a importação das vacinas em meio à pandemia da Covid-19. No dia seguinte, participou de uma ação do MTST na favela do Vietnã, na zona sul da cidade.

Marçal vinha prometendo ao longo de toda a campanha expor um processo judicial e uma internação de Boulos por uso de cocaína. Como revelou a Folha, o influenciador se baseava no processo de um homônimo para acusar o deputado.

 

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