APÓS MORTANDADE

Bebel propõe na Alesp pacto de preservação do Rio Piracicaba

Por Roberto Gardinalli | roberto.gardinalli@jpjornal.com.br
| Tempo de leitura: 2 min
Divulgação

A deputada estadual Professora Bebel (PT) denunciou a mortandade de peixes que aconteceu no início de julho no Rio Piracicaba e apresentou propostas para a criação de um pacto de defesa do manancial. A denúncia e a ideia de cooperação foram apresentadas no retorno das sessões da Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) após recesso parlamentar.

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A proposta, de acordo com informações do gabinete da parlamentar, é desenvolver políticas de estado para garantir a vida e a preservação do rio para gerações futuras. No último dia 22 de julho, em coletiva de imprensa, a deputada apresentou a proposta, que entende que deve ser suprapartidária. Na Alesp, a deputada cobrou a participação dos deputados estaduais piracicabanos Alex Madureira (PL) e Helinho Zanatta (PSD) no movimento. “Trata-se de um movimento que não tem partido, não tem bandeira, a bandeira é o Rio Piracicaba, é a identidade de Piracicaba, que é o seu rio. Temos que passar por cima de tudo e ter um movimento amplo envolvendo toda sociedade, uma vez que é uma pauta importante, já que o Rio Piracicaba vem sofrendo com a poluição há décadas”, disse Bebel. Bebel advertiu que o Rio Piracicaba representa vida e  também denunciou que com a privatização da Sabesp, aprovada pela Assembleia Legislativa, o Rio Piracicaba deverá sofrer a retirada de mais 10 metros cúbicos por segundos a partir de 2027. “Não vai sobrar mais água no Piracicaba”, criticou.

 A deputada piracicabana também falou da sua articulação para que esse movimento seja nacionalizado, envolvendo, também ,os Ministérios do Meio Ambiente e da Pesca. “É fundamental envolvermos o Ministério do Meio Ambiente, em defesa do desenvolvimento de políticas voltadas à recuperação do Rio Piracicaba, assim como da Pesca, uma vez que com o acidente provocado pela Usina São José ocorreu a mortandade de toneladas de peixes, comprometendo a fauna e da flora, e a pesca, que era a garantia de emprego e renda para dezenas de famílias da região do bairro Tanquã”, completou Bebel.

De acordo com balanço da operação Pindi-Pirá, que trabalhou na limpeza da área do Tanquã após a mortandade dos peixes, foram retiradas cerca de 100 toneladas de material do rio, incluindo peixes mortos, lixo e plantas aquáticas que saíram junto do rio no processo de limpeza. A operação foi comandada pela Prefeitura de Piracicaba, Defesa Civil, Polícia Militar Ambiental e teve a supervisão da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo). A Usina São José, apontada como fonte do despejo irregular de poluentes que causou a morte dos peixes, foi multada pela Cetesb em, R$ 18 milhões.

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