A importância do Correio Militar nos três meses da Revolução Constitucionalista de 1932 é tema de uma palestra que acontece na quinta-feira (4), no Museu Histórico e Pedagógico Prudente de Moraes, em Piracicaba. A apresentação será do jornalista e presidente do IHGP (Instituto Histórico e Geográfico de Piracicaba), Edson Rontani Júnior. A entrada é gratuita.
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Segundo Rontani, à época da Revolução, o estado de São Paulo viveu um momento inédito naquele período: três serviços de correio funcionavam simultaneamente, o correio civil, o Correio Militar MMDC e o correio federal. Ainda segundo o especialista, o correio federal sofreu censura e boicote do próprio governo brasileiro, já que o levante popular era contra o presidente da República, Getúlio Vargas. “O papel do correio militar merece registro, pois era a forma pela qual os voluntários se comunicavam com suas cidades e seus familiares e tinha logística feita pelos soldados que estavam nos frontes de batalha, havendo franquia gratuita no envio das cartas”, diz Rontani.
Além desta curiosidade, outros dados históricos estão relatados no livro Cartas a Piracicaba, que o palestrante deve lançar em julho. Ele conta que sentiu esta necessidade de registrar as cartas, pois elas são as fontes fiéis sobre a batalha de 1932, quando os piracicabanos foram à divisa norte do estado de São Paulo numa época em que engatinhavam o cinema sonoro, o rádio e outros meios de comunicação. “Um peso muito forte neste tema foi a última carta de Natal Meira Barros, meu tio-avô, morto aos 17 anos da Revolução Constitucionalista, sendo guardada por décadas por meus familiares”, lembra.
Edson Rontani Júnior é jornalista, tem paixão pelos assuntos relacionados à Revolução de 1932 por influência familiar. Atuou como presidente do Núcleo MMDC Voluntários de Piracicaba de 2013 a 2021 e atualmente é o responsável pelo departamento da Revolução de 1932 do IHGP com André Manoel da Silva.
A Palestra Correio Militar na Revolução de 1932, com Edson Rontani Júnior está marcada para acontecer na quinta-feira (4), às 19h30, no Museu Histórico e Pedagógico Prudente de Moraes, que fica na rua Santo Antônio, n° 641. A entrada é gratuita.
