CRIME

Advogada é presa por suspeita de injúria racial em aeroporto

A advogada de 39 anos teria chamado o gerente operacional da companhia aérea Azul de 'macaco, vagabundo, cretino e bosta'. Ela foi impedida de viajar.

4 dias atrás | Tempo de leitura: 2 min
da Folhapress

Reprodução/Marlyana Tavares/TJMG

A mulher foi impedida de seguir viagem.
A mulher foi impedida de seguir viagem.

Uma mulher foi presa no aeroporto de Confins, na Grande BH, por suspeita de injúria racial e lesão corporal contra um gerente operacional da companhia aérea Azul.

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A advogada de 39 anos teria chamado o funcionário da empresa de 'macaco, vagabundo, cretino e bosta'. Ela era passageira de um voo que seguia para Natal (RN), às 13h30 de domingo (23), mas foi impedida de seguir viagem.

Mulher estava sob efeito de álcool e com sintomas de embriaguez. Segundo boletim de ocorrência, ela foi abordada pelo gerente operacional da empresa, após cair enquanto entrava no avião. Ele ofereceu atendimento médico e a convidou a se retirar, informando que ela seria realocada em outro voo.

Advogada chamou piloto de 'comandantezinho' após ser retirada da aeronave e também tentou agredir o funcionário da Azul. Ainda conforme registro da polícia, ela questionou se estavam felizes de "desembarcar uma patricinha do avião" e deu tapas, chutes e socos no funcionário. "Você precisa desse empreguinho. Você é pobre, um ferrado", teria dito.

A Azul disse que a "cliente indisciplinada" foi orientada a desembarcar por "comportamento inadequado". "No momento do desembarque, a Cliente agrediu física e verbalmente um Tripulante da Azul. A autoridade de segurança foi chamada para acompanhar o desembarque e, em seguida, os conduziu para delegacia para registrar depoimento e conduzir a apuração do caso", explicou a companhia aérea em nota.

"A Azul ressalta que repudia veemente qualquer tipo de ofensa ou agressão aos Clientes e seus Tripulantes, sendo certo que serão adotadas as medidas cabíveis", finaliza o comunicado.

Agentes da Polícia Federal foram chamados e deram voz de prisão. Segundo o boletim de ocorrência, no momento da prisão, ela estava em um restaurante e exigiu que eles a esperassem pedir uma refeição. A mulher e as testemunhas foram, então, levadas para um posto da PM, onde a ocorrência foi registrada.

Aos policiais, mulher disse que obedeceu ordem para evitar constrangimentos. Segundo versão da mulher, ela foi abordada "de repente" e não obteve resposta quando questionou o funcionário sobre o motivo de saída do voo.

Nas redes sociais, ela se apresenta como presidente da Comissão de Direito da Moda da OAB/MG. O UOL procurou a seção mineira da Ordem dos Advogados do Brasil, e aguarda retorno.

Mulher deu entrada no presídio nesta segunda. A Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) informou que a advogada foi encaminhada ao Presídio de Vespasiano, na região metropolitana de BH.

O UOL tenta localizar a defesa da advogada. O espaço fica aberto para manifestações.

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