RODA

Sambada da Ema celebra tradição do coco de roda em Piracicaba

Ritmo é marcado por instrumentos percussivos, complementado pelo som dos tamancos e das palmas

Por Roberto Gardinalli | 17/06/2024 | Tempo de leitura: 2 min
roberto.gardinalli@jpjornal.com.br

Divulgação

O Engenho Central de Piracicaba recebe, no próximo domingo (23), mais uma edição do Sambada da Ema, evento que vai além de uma simples apresentação musical. O espetáculo é um convite a todos para conhecerem e celebrarem o coco de roda, tradicional ritmo da região Nordeste do Brasil. O evento está marcado para acontecer a partir das 10h.

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O grupo, formado pelos músicos Tony Azevedo (voz e pandeiro), Igor Mathias (congas e voz), Josiane Peregrina (voz e tamanco), Flavia Ferreira (tamanco e voz), Denise Zambonato (ganzá e voz) e Caetano Caetano (voz e conga), tem no seu diferencial as músicas autorais e de grupos consagrados que tocam coco de roda. O som característico do coco vem, principalmente, de quatro instrumentos: ganzá, surdo, pandeiro e triângulo, que são marcados pelo repicar dos tamancos. A sandália de madeira age como se fosse um quinto instrumento. As palmas também completam a sonoridade. Além da música, o visual característico do coco de roda é marcante, com os integrantes utilizando roupas coloridas feitas de chita e chapéus de palha. A apresentação vai além da performance dos músicos: a interação com o público é uma das principais características, com muita dança e brincadeiras.

De acordo com o fundador do Bloco da Ema, o artista Tony Azevedo, a palavra “coco” significa cabeça, que é de onde vêm as músicas apresentadas. Com influências africanas e indígenas, o coco de roda é acompanhado por uma cantoria executada em pares, fileiras ou círculos durante as festas populares do sertão nordestino.

“Pernambuco, da capital ao interior, possui uma cultura e manifestações artísticas muito ricas e diversificadas. Dentre elas, podemos destacar o Coco de Roda, que é típico da região Nordeste em geral, e pode ser visto tradicionalmente durante o ciclo junino, mas também é dançado em outras épocas e festividades do ano”, diz Azevedo. “O coco pode ser dançado em pares, filas ou rodas e suas características mais marcantes são as batidas dos pés, descalços ou com calçados de madeira, que imitam o barulho do coco sendo quebrado, as expressões corporais e palmas. Uma figura importante dentro do coco de roda é o coquista, ou mestre ‘cantadô’, que puxa versos já conhecidos pelos participantes ou improvisados”, completou.

Ainda segundo Tony, não há uma vestimenta necessária para se dançar e participar da roda, apesar de, tradicionalmente, alguns itens serem utilizados pelos participantes. “Não é necessário uma vestimenta própria para dançar, entretanto, chapéus de palha são frequentemente usados pelos homens e grandes saias estampadas pelas mulheres”, disse.

A apresentação do Sambada da Ema acontece no próximo domingo (23), no Engenho Central de Piracicaba, a partir das 10h.

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