JUSTIÇA

Júri de policial que matou dois em festa é adiado novamente

Crime ocorreu no dia 20 de novembro de 2022 durante uma festa realizada no distrito do Unileste

Por André Thieful | 17/04/2024 | Tempo de leitura: 2 min

Arquivo

Heloíse Magalhães Capatto e Leonardo Victor Cardozo morreram  atingidos pelos disparos
Heloíse Magalhães Capatto e Leonardo Victor Cardozo morreram atingidos pelos disparos

O júri do policial militar Leandro Henrique Pereira, de 26 anos, acusado de ter matado duas pessoas na Festa do Fervo, em Piracicaba, em 20 de novembro do 2022, foi remarcado para o dia 6 de junho, uma quinta-feira, às 9h. O crime ocorreu durante o evento que era realizada no distrito do Unileste. Leonardo Victor Cardozo, de 26 anos, e Heloise Magalhães Capatto, de 23 anos, morreram ao serem atingidos pelos disparos de arma de fogo efetuados pelo policial. Outras três pessoas ficaram feridas. O policial fugiu e se apresentou à Polícia dois dias depois do crime e permanece preso desde então.

O júri foi redesignado porque o último laudo complementar solicitado pelo Ministério Público para contrapor o laudo da defesa do réu foi entregue na terça-feira (17) após o encerramento do expediente do fórum. “Desta forma, pela complexidade apresentada, uma vez que depende de ciência às partes, com prazo para eventual impugnação ou mesmo necessidade de complementação pelos interessados, motivado, reitero, pela prova apresentada pela defesa, dando azo ao direito de impugnação, fica prejudicado o julgamento perante o Tribunal do Juri que está designado para a data de amanhã, 18 de abril, tudo para que se garanta a garantia do contraditório e a ampla defesa. Desta forma, redesigno o julgamento para 06 de junho de 2024, às 09 horas”.

SEGUNDO ADIAMENTO

O júri havia sido marcado, inicialmente, para 22 de fevereiro deste ano, mas foi redesignado um dia antes devido a um parecer apresentado pela defesa do policial. “A defesa juntou um parecer técnico que desmonta a tese ministerial (MP), que comprova que o réu não atingiu as demais vítimas (propositadamente), atirando apenas contra aquele que tentava tirar a sua arma, aquele com quem estava brigando”, disse.

DUPLO HOMICÍDIO 

Denunciado pelo Ministério Público, o policial responde por dois homicídios com as qualificadoras motivo torpe, meio cruel e recurso que tornou impossível a defesa da vítima e três tentativas de homicídio.

O adiamento do Júri foi motivado por um parecer apresentado pela defesa do policial. De acordo com o advogado Mauro Ribas, o material ‘desmonta a tese da acusação’. “A defesa juntou um parecer técnico que desmonta a tese ministerial (MP), que comprova que o réu não atingiu as demais vítimas (propositadamente), atirando apenas contra aquele que tentava tirar a sua arma, aquele com quem estava brigando”, disse.

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