A morte de um garoto de 16 anos em Pindamonhangaba ganhou novos contornos e revelações. Uma reportagem do Cidade Alerta, da TV Record, mostrou os detalhes do homicídio contra Carlos Henrique, na noite do último dia 5 de abril. Em áudio exibido no programa, o suspeito de 18 anos confessa os tiros, a um amigo. “Pera, vou falar uma fita para você. Acabei de atirar no Henrique e no Batatão, truta. Não sei seu eu acertei, mano. Mas vai dar ideia, meu. Papo reto”, disse. Além de Carlos Henrique, um outro garoto também de 16 anos foi atingido, mas sobreviveu.

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O homicídio ocorreu na avenida Quinze de Novembro, no bairro Cidade Nova, por volta de 22h. A Polícia Militar foi acionada e encontrou o adolescente morto na rua, com marcas de balas pelo corpo. O outro jovem foi socorrido ao pronto-socorro de Pindamonhangaba.

“Eu não sei como vou tentar reconstruir minha vida sem meu filho. E ao mesmo tempo eu sinto uma revolta tão grande. Pela crueldade que fizeram contra meu filho”, disse mãe de Carlos Henrique, Vanessa Moreira dos Santos.

Kauan, o suspeito pelo crime, confessou o crime e saiu foi liberado pela polícia. “Ele se entregou, foi com o advogado, e saiu pela porta da frente, como se nada tivesse acontecido”. Ele foi liberado por ser réu primeira, ter endereço fixo e ter se colocado à disposição das autoridades, vai responder ao inquérito em liberdade.

A briga que levou a morte de Carlos Henrique teria sido causada pela atenção de uma garota. Carlos teria recebido uma mensagem da ex-namorada do amigo do atirador. O adolescente teria ficado com ciúmes e foi junto com Kauan cobrar satisfações. “O assassino comprou a briga”, diz a mãe.

No dia do crime, Carlos Henrique e três amigos andavam pelo bairro Cidade Nova, quando foram surpreendidos por Kauan e um amigo de 16 anos. A vítima e os amigos foram perseguidos por cerca de 50 metros e o ataque a tiros aconteceu. “No meio da conversa ele já sacou a arma e efetuou um tiro fatal no peito do meu filho. Meu filho não teve chance nenhuma. Pelo que fiquei sabendo esse Kauan estava totalmente alterado. Ficava gritando, gritando pedido parar”, disse Vanessa.

Dos seis envolvido na tragédia, quatro são menos de idade. Kauan fugiu para não ser preso em flagrante. Durante fuga, ele gravou o áudio que acabou chegando até os familiares.

“Meu filho não teve direito de nada. Por que o assassino do meu filho tem que ter direito? Ele não tirou a vida de um inseto. Ele tirou a vida do meu filho”, disse Vanessa.