Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, a paralisação foi aprovada por unanimidade e segue por tempo indeterminado. A Sonaca emprega cerca de 800 trabalhadores.

“O estopim para a greve desta terça foi a piora no plano de saúde. Sem negociação com o Sindicato dos Metalúrgicos e sem ouvir os operários, a fábrica impôs o pagamento de coparticipação, que faz com que o usuário pague uma taxa a cada consulta, exame ou outro procedimento médico”, informou o sindicato.

“É uma vergonha a postura da Sonaca, que paga baixos salários e quer acabar com um direito adquirido reduzindo ainda mais o holerite dos trabalhadores no final do mês”, disse José Eduardo Gabriel , diretor do sindicato.

Segundo o sindicato, um trabalhador da empresa teve de ser socorrido e levado ao hospital por um carro de aplicativo, porque a empresa teria cortado a ambulância que atendia os funcionários. O funcionário acabou falecendo por complicações da doença. Ele foi homenageado nesta terça-feira.

OUTRO LADO

Em nota, a Sonaca Brasil disse que o motivo da paralisação é “infundado” e prometeu tomar as “providências cabíveis” contra a greve.

“O atual plano de saúde adotado pela empresa, Rede Porto Saúde, de cobertura nacional, entrou em vigência em outubro do ano passado, com pleno conhecimento dos empregados, trazendo uma série de vantagens para o quadro funcional”, disse a empresa.

“Pesquisa interna de satisfação, feita em outubro de 2023, revelou que 75% dos trabalhadores aprovaram, de imediato, o novo plano, que hoje já atende 100% dos nossos empregados,”

Sobre o pagamento de coparticipação, segundo a Sonaca, é considerado “padrão em serviços dessa natureza”, não se aplicando no plano de saúde contratado pela empresa em serviços de telemedicina, internações e eventos cirúrgicos, entre outros.

“Além disso, a Sonaca Brasil faz forte investimento no bem-estar e na saúde dos empregados, paga salários acima da média praticada pelo mercado e mantém abertos canais de diálogo com os trabalhadores”, completou.

A empresa disse que acredita no fim do movimento por ter sido feito “de forma inapropriada pelo sindicato, gerando prejuízos aos empregados e empresa”.

Sobre o funcionário da empresa que morreu, ele estava afastado do trabalho desde o dia 20 de março, por doença grave, informação que teria sido omitida pelo sindicato.