Dança e movimento

Por Rosângela Camolese | 05/05/2022 | Tempo de leitura: 2 min

Dia 29 de abril mereceu muita comemoração. É o Dia Internacional da Dança, data criada em homenagem ao nascimento do mestre francês Jean-Georges Noverre, bailarino e professor de balé.

Faz quase 50 anos que a dança vem ganhando corpo e conquistando espaço aqui em Piracicaba. Na década de 1970, o precursor do ensino de ballet foi o Lions Club Independência, que trouxe para cá uma filial da academia Lina Penteado, de Campinas, para o ensino de Ballet Clássico. Logo depois, chegava o saudoso Heloaldo Castelo e Silva, para ensinar Ballet Moderno. Esse grupo inicial foi crescendo e gerando frutos.

O fato tornou-se evidente e ganhou força, com a inauguração do Teatro Municipal Dr. Losso Netto, em agosto de 1978. As escolas e academias passaram a ocupar aquele palco nos finais de ano, apresentando as coreografias resultantes do período. De temporada em temporada as apresentações surpreendiam e encantavam.

Depois, o Teatro Municipal Erotídes de Campos também passou a ter seu palco ocupado pelos bailarinos de escolas, academias e clubes, desde a babyclass, passando pelas crianças, jovens e adultos que se entregavam aos movimentos coreografados de diferentes ritmos e estilos.

A criação da Cedan, Companhia Estável de Dança, em 2007, foi uma iniciativa que se somou ao trabalho que já vinha sendo desenvolvido na cidade. A companhia forma bailarinos e nos traz conquistas, exportando talentos e vencendo certames.

Essa somatória de esforços resulta no fortalecimento da dança, numa demonstração inequívoca de que caminhamos para um patamar de excelência. Muitos bailarinos que aqui se iniciaram, estão em outras grandes cidades do país e do mundo, gozando de merecido sucesso. Helio Bejani vive no Rio de Janeiro, André Mallosa está em São Paulo, Vitório Casarin mora na Suíça, Leonardo Sandoval atua em Nova York.
Destaco, particularmente, a talentosa Monike Cristina de Souza, ‘filha da Cedan’, que é hoje é a primeira bailarina da Companhia de Balé de Joanesburgo, África do Sul. Saindo daqui, ela deu um salto que a levou a integrar a Companhia Jovem da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, em Joinville/SC. Lá, após uma apresentação, foi convidada pelo diretor Russo, Ruslan Nurtdinov, para ser a protagonista de uma montagem do espetáculo Cisne Negro, na Rússia. Ela também participou de turnês pelos Estados Unidos, Alemanha, Suíça e outros países. Como seus outros colegas, Monike representa Piracicaba pelo mundo.
Sabemos que a cidade é um celeiro de excelentes bailarinos. E voltando ao Dia Internacional da Dança, desta vez foi o auditório da Estação da Paulista que recebeu a 14ª Semana da Dança, com a Gala da Cultura Popular. Demonstrando ecletismo, a Comissão Organizadora do evento privilegiou a cultura e da dança populares. Do espetáculo participaram os Grupos Afropira, Vila África, Samba de Lenço, Batuque de Umbigada e Maracatu Baque Caipira. Foram momentos de exaltação à dança e de homenagens a personalidades, grupos e coletivos que se empenham no desenvolvimento estético, ético e político da arte do movimento.
Parabéns a todos os profissionais que se empenham para tornar a dança uma manifestação cada vez mais representativa e forte!

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