Temas Contemporâneos

Por André Sallum | 02/07/2021 | Tempo de leitura: 3 min

Guerra, terrorismo, tirania, homicídio, suicídio, corrupção, tráfico de drogas, de armas, de animais, crimes ambientais, adultério, prostituição, promiscuidade, epidemias, pandemias, miséria, fome, ansiedade, pânico, depressão, vícios, relacionamentos tóxicos e abusivos, violência doméstica…

Os vocábulos e expressões acima, presentes nas notícias veiculadas pelos meios de comunicação e redes sociais, tanto quanto nas conversas cotidianas, evidenciam, por si sós, o padrão de comportamento de parcela significativa da humanidade, bem como seu estado de consciência. Não deixam de ser retratos do mundo e da sociedade, portanto do ser humano que a compõe. Os temas e vocabulário por nós escolhidos na comunicação referem-se aos fatos e circunstâncias mais frequentes e aos quais damos maior importância; por isso mesmo, são mais citados no compartilhamento de informações. Indicam, do mesmo modo, como percebemos e interpretamos as ocorrências.

Os temas e assuntos veiculados mostram o interesse predominante, o que valida a preocupação daqueles que procuram colaborar na melhora da qualidade da comunicação, a fim de se evitar a exposição excessiva e desnecessária a notícias degradantes, violentas ou perturbadoras.

A pretexto de nos mantermos informados, não precisamos nem devemos nos saturar de negatividade. É perfeitamente possível não ser alienado e, ao mesmo tempo, não se envolver com conteúdos perniciosos, desvirtuados ou tóxicos, evitando a contaminação e a disseminação do que seja prejudicial e negativo.

Se é dever da imprensa divulgar notícias e direito de cada um escolher os assuntos que lhe interessam, não podemos nos esquecer do quanto somos induzidos, manipulados, condicionados e forçados, mediante os mais diversos mecanismos, a consumir e compartilhar certas notícias e determinadas versões dos fatos, tornando-nos propagadores de infortúnios e inutilidades. Tal fato reflete uma distorção na suposta escolha daquilo que se pretende compartilhar. A simples divulgação de uma notícia dá-lhe destaque e a expõe a todos os que tenham acesso a ela. Portanto, escolher o que se lê, aquilo a que se assiste e o que se compartilha, em um mundo interconectado e inundado de informações, certamente é um desafio, mas também nos parece um dever, a fim de se resguardar ou recuperar a sanidade da mente, dos relacionamentos e da sociedade. Tal cuidado nos parece especialmente válido em relação às crianças, mais vulneráveis e indefesas, portanto merecedoras de maior proteção.

Diante da situação planetária atual, torna-se tão importante quanto urgente que cada um, desde o momento em que reconheça a necessidade de mudança e nela se empenhe, promova as transformações possíveis, irradiando e refletindo o melhor de si mesmo no meio em que vive.

Após o turbulento período em que vivemos, estamos certos de que as palavras mais usadas na comunicação humana serão diferentes, expressando uma nova realidade individual e social, conforme tem sido anunciado e profetizado por instrutores espirituais. Esperamos que as palavras acima citadas se tornem, o mais breve possível, esquecidas por falta de uso… Até lá, temos a inalienável tarefa e oportunidade de mudar a nós mesmos, para que possamos colaborar positivamente no meio em que vivemos e convivemos. Que desde agora os verbos amar, servir, compartilhar, educar e curar expressem, ainda que incompleta e imperfeitamente, nosso sincero empenho de oferecer o melhor ao mundo e à vida.

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