A artrite reumatoide é uma doença autoimune caracterizada pelo ataque do próprio corpo as articulações e através disso pode gerar dores, inchaços, rigidez articular e dificuldades de mobilidade. Segundo pesquisa do Ministério da Saúde, apenas 47% das pessoas que sentem sintomas da artrite reumatoide buscam orientação médica. Dentre esses, apenas 4% procuram um reumatologista, médico especialista responsável pelos cuidados da doença. Quando pensamos em exercício e artrite, o que podemos fazer?
Em um recente estudo da Universidade de São Paulo que saiu no Journal of Physiology intitulado “Increased sympathetic and haemodynamic responses to exercise and muscle metaboreflex activation in post-menopausal women with rheumatoid arthritis” mostrou que mesmo uma atividade física leve, pode ser mais difícil e extenuante que o normal em pessoas que possuem artrite reumatoide. Na pesquisa, descobriu-se que os exercícios desencadearam uma reação do sistema nervoso e afetou com isso o funcionamento dos músculos e vasos sanguíneos.
A artrite faz com que as células imunológicas ataquem erroneamente a parte saudável do seu corpo e na maioria das vezes as articulações, causando estas dores, inchaços, fadiga muscular e inflamação.
Ao realizar o exercício físico, os músculos corporais produzem certas substancias e com isso, leva a alterações cardiovasculares e aos nervos, desta forma enviando mensagens aos vasos sanguíneos fazendo com que contraíssem estes vasos e aumentando a pressão arterial e a sensação de esforço ao exercício físico. O estudo mostrou que entre pessoas com artrite reumatoide, ocorrem níveis mais altos de atividade inflamatória o que leva a crer que são mais difíceis a realização do exercicio para estas pessoas.
Isso não quer dizer que quem tem artrite não deve fazer atividade física. Os cuidados devem ser maiores com relação a dosagem do exercício, intensidade e volume proposto a cada aluno ou paciente. Importante também é sempre manter um diário de registro de atividades para quem possui a doença.
Exercícios leves como caminhada podem ter os mesmos tipos de resposta. Por isso a importância neste caso especifico de se ter sempre um orientação profissional especializada neste sentido. Ainda hoje, não conheço uma doença que vale mais a pena ficar parado do que se movimentando. Mas o cuidado com a especificidade deveria ser a lei. Até a próxima!
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