Tempo

Por José Faganello | 03/06/2020 | Tempo de leitura: 3 min

“O tempo acaba o ano, o mês e a hora, / A força, a arte, a manhã, a fortaleza; / O tempo acaba a fama e a riqueza, / O tempo o mesmo tempo de si chora”. (Camões – Sonetos).

O tempo, este devorador de coisas e, em constante e inevitável fuga, devorou mais um ano e fugiu tão rápido e imperceptível, que deixou-nos com um saldo enorme de ações por realizar, de metas não cumpridas.

Os eventos sucedem-se como uma torrente impetuosa. Mal iniciamos um, outro vem sobrepor-se a ele que, por sua vez, também será arrebatado num vértice, que nos carrega para o fim sem que, claramente, percebamos.

Na realidade somos nós que vamos, sem tempo para avaliarmos os amores que deixamos, as obras que realizamos, o muito que poderíamos ter feito a mais e melhor.

Amanhecemos cada dia mais velhos, mais próximos da morte, esperançosos que a juventude, em nós, perdure um pouco mais e, que o fim esteja, ainda, muito distante. Muitos têm como um sofisma aquilo que é uma realidade: assim como um rio não passa duas vezes sob a mesma ponte, assim o presente, praticamente, não existe – o momento em que vos escrevo já está longe de mim.

Shiller afirmou: “Tríplice é a marcha do tempo: / o futuro aproxima-se hesitante, / o agora voa como seta arremessada, / o passado fica eternamente imóvel”.

Há uma dúvida que acicata os filósofos e os intelectuais – são sábios eles que procuram e angustiam-se em utilizá-lo ou aqueles que preocupam-se apenas em passar o tempo? Navegamos nele sem um porto, sem uma praia. Enquanto escoa, nós passamos, para, logo sermos esquecidos.

Não há quem não tentou, em várias oportunidades, matar o tempo. É ele, no entanto, que nos vai matando. Para alguns, rapidamente, para outros, numa lentidão jamais desprezada, alias sorvida com prazer.

Assim como não percebemos, que navegamos no espaço, em uma nave que gira, em torno de seu eixo, assim também, não percebemos, com a devida exatidão, que o tempo se escoa e nossa vida, a cada segundo, se encurta. Há no entanto, momentos nos quais escapamos, totalmente, da ideia, da sensação dele: no prazer e no trabalho. Quem consegue engolfar-se neles, não percebe o tempo passar; talvez sejam os únicos momentos nos quais o tempo parece não existir.

Se pararmos para analisar a fundo este tema, veremos que necessitamos de tanto tempo para não fazer nada, que não sobra tempo para realizarmos nossos projetos.

Interessante é que os mais velhos, aqueles que em sua juventude não puderam desfrutar dos modernos e rapidíssimos mais de comunicação, não entendem, como antes, tinham tempo para visitar amigos, bater papo e hoje, estão sempre, para tudo, sem tempo.

O que machuca aos mais velhos, é ver muitos jovens não perceberem que um dia chegarão lá e que o tempo é destrutivo sim, mas muitas vezes, como os escultores que desbatam um bloco de mármore, deixam neles velhos rostos, mais expressivos que jovens.

Há pouco entramos em uma inesperada Pandemia mortífera. No passado houve muitas catástrofes: peste negra, bubônica ,suína, tsunamis ,tufões etc.

Houve quem diz que a natureza é sábia, e de tempos e tempos para regular a população do Globo, deve matar.

Não podemos esquecer que os homens dá uma ajuda, com suas inexplicáveis guerras, acompanhada com os assassinatos diários nos países.

Sem dúvida, esta Pandemia é horrenda pois, desestabilizou todos os países e, o que ver nosso em nosso pais no lugar dos comandantes se unirem se engalfinham.

Na vai custar muito, espero que não, não vai demorar países se atacando em guerras sangrentas.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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