Os impactos do coronavírus na economia criativa

Por Rosângela Camolese | 22/04/2020 | Tempo de leitura: 2 min

A economia criativa é, sem dúvida, um dos setores que mais gera empregos no Brasil, chegando a 1 milhão de empregos diretos e cerca de 250 mil empresas e instituições que a utilizam como insumo primário; porém, com o cenário pandêmico foi inevitável o cancelamento de shows, eventos, serviços, atividades culturais e criativas gerando diversas situações de desemprego.

Embora seja notório o impacto econômico, essa valorização e exploração do potencial humano - uso da criatividade e imaginação, ainda é muito bem utilizada. Em tempos de coronavírus (Covid-19), as pessoas tem buscado novas alternativas para adaptar-se e continuar produzindo. Essa situação provoca a transformação das pessoas. Tudo está em transformação; o modo de vida, o comércio e até a forma de produzir, interagir e vender.

A economia criativa tem tudo a ver com isso. Atualmente, muitas plataformas estão surgindo para colaborar com o desenvolvimento humano, disponibilizando gratuitamente, cursos online de fácil acesso, por exemplo. Este é um momento primordial para que as empresas, microempreendedores e autônomos, alinhem seu posicionamento no mercado.

Algumas instituições de ensino técnico e profissionalizante estão disponibilizando cursos livres e gratuitos, alguns até com certificação. Sebrae e Senac SP, por exemplo, já possuem inscrições abertas para cursos em diversas áreas. Também prestam serviços gratuitos de atendimento e apoio às pessoas que já administram seu negócio ou para aquelas que queiram abrir ou vender seus produtos e serviços.

A cultura e a economia criativa promovem impactos positivos sobre a geração de renda, emprego, exportação, arrecadação de impostos, além de gerar inclusão e desenvolvimento. A cultura tem o papel de gerar a imagem de um país e ajuda a alavancar outras atividades econômicas.

Nós, brasileiros, estamos acostumados a fazer muito com poucos recursos. Dessa forma, a Secretaria da Ação Cultural e Turismo (SemacTur) tem atuado proporcionando cultura à população, como é o caso do ciclo de leitura dramática online, articulada pelo diretor da Ceta – Companhia Estável de Teatro de Piracicaba, João Scarpa; videoaulas de balé, com a Cedan – Companhia de Dança de Piracicaba que utiliza plataformas de aulas teóricas e práticas de escolas e Cias. nacionais e internacionais. As aulas são ministradas pela diretora Camilla Pupa e bailarinos profissionais convidados, entre eles; Monike Cristina de Souza e Ivan Dominicano do Ballet de Joburg, Alan Marques da São Paulo Companhia de Dança e Toni Patron do Ballet Nacional da Argentina.

O programa Movimentação Cultural não ficou de fora e está oferecendo aulas online das diversas modalidades artísticas realizadas nos Centros Culturais. As pessoas também podem assistir pelo Facebook aos domingos, sempre às 16h, aos espetáculos infantis do Programa Diversão em Cena – ArcelorMittal, grande parceiro da cultura piracicabana.

Uma outra forma de atuação é o incentivo de vendas online de produtos artesanais, antes comercializados nas Feiras de Artesanato.

Juntos, estamos buscando soluções para atender a todas as vertentes artísticas e culturais e assim, poderemos fazer desta cidade, um lugar ainda melhor para se viver. Continuemos em busca de boas alternativas e possibilidades que nos levem adiante!

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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