O professor Felipe Caloni passou por um grande susto em agosto do ano passado, quando sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral) e, graças ao rápido socorro e aos profissionais que o atenderam, está bem e se recuperando se forma satisfatória.
Desde então, Caloni se engajou na causa e tornou-se membro da Associação dos AVCistas Brasil, entidade que trabalha no suporte às pessoas que já tiveram o AVC, assim como os familiares, cuidadores e os profissionais da saúde. Essa Associação é uma das entidades que apoiam a campanha do “Maio Vermelho”, mês que aborda a conscientização sobre o AVC.
“O meu AVC foi na artéria média direita e comprometeu o meu lado esquerdo do corpo. Minha perna e meu braço. Eu, hoje, tenho sequela na mão. Cada AVC é um; é muito difícil saber as sequelas que terão. E a recuperação é muito individual depende muito do paciente”, declarou.
Para ele, procurar um serviço de saúde nas primeiras horas após o AVC faz toda a diferença na recuperação. “O socorro imediato é importantíssimo. Se você é socorrido em até quatro horas e meia, pode ter seu AVC paralisado, através de técnicas simples, como a trombólise ou a trombectomia, e isso reduz em 80% as sequelas de um AVC.”
Para o professor, essa dolorida experiência serviu de aprendizado para ajudar outras pessoas. Neste mês, por exemplo, ele terá muito trabalho, pois inicia-se o “Maio Vermelho”, uma campanha anual de conscientização sobre AVC, com o objetivo de alertar sobre os riscos, sintomas, prevenção e tratamento da doença.
“Maio Vermelho trabalha principalmente sobre como cuidar após o AVC, para amenizar as sequelas, porque o AVC é a doença que mais mata e mais incapacita no mundo”, declarou o professor.
“Eu já havia tido um AVC transitório em 2021, mas ninguém me informou que quem tem um AVC transitório tem 80% de chance de ter um AVC completo. Quando tive alta desse segundo AVC completo, eu tive uma intuição de que teria de ajudar outras pessoas. Para mim, é uma missão divulgar as informações sobre o AVC”, complementou.
A OMS (Organização Mundial de Saúde) estima que 6,5 milhões de pessoas morrem de AVC (Acidente Vascular Cerebral) por ano em todo o mundo. A doença atinge 16 milhões de pessoas anualmente, e as principais causas são hipertensão, diabetes, colesterol elevado e fumo.
COOPERAÇÃO
Pouca gente sabe, mas a Câmara Municipal de Piracicaba aprovou no ano passado, em duas sessões, o Projeto de Lei nº 8/2025, que visa à conscientização da população sobre os acidentes vasculares cerebrais (AVC). Agora, o PL aguarda para ser sancionado pelo prefeito Helinho Zanatta.
Pela lei aprovada, foi instituída em Piracicaba a campanha “Maio Vermelho”, voltada ao debate e esclarecimento sobre os acidentes vasculares cerebrais. Por isso, anualmente, o Poder Público, em cooperação com entidades civis e profissionais da saúde, realizará ações de conscientização à população.