18 de dezembro de 2025
PROCURA-SE

Atrás de pistas, polícia investiga 'vida digital' de universitário desaparecido no Vale

Por Patrick C. Santos e Thais Perez | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 3 min
Arquivo pessoal
Leonardo de Prado Moreno faz tratamento contra a depressão e saiu de casa sem seus remédios.

A Polícia Civil investiga a 'vida digital' do joseense Leonardo de Prado Moreno, desaparecido há 11 dias, através do histórico de pesquisas e do registro de uso de redes sociais nos aparelhos eletrônicos do jovem de 22 anos. Delegado responsável pelo caso acredita que procedimento pode indicar um possível paradeiro do universitário, apesar das pistas serem poucas.

Além do histórico de pesquisas e das atualizações sobre uso de aplicativos, troca de mensagens também estão sendo analisadas pela perícia da 3ª Delegacia de Homicídios da Deic, responsável por investigar casos de homicídio e desaparecimento.

Leia mais - Deic assume o caso e analisa celular e notebook de universitário desaparecido em S. José

Leia mais - Polícia Civil investiga desaparecimento de universitário em S. José com ajuda de câmeras

Para além da análise dos eletrônicos do desaparecido, equipes da polícia também realizam buscam por Leonardo pela região. Câmeras de segurança do CSI (Centro de Segurança e Inteligência) e de estabelecimentos comerciais estão sendo estudadas para criar uma possível 'linha do tempo' para os fatos.

Desde o início das investigações, a Polícia Civil já recebeu inúmeros 'alarmes falsos' sobre onde Léo, como é chamado por amigos e familiares, pode estar.

Em uma das possibilidades investigadas, as autoridades averiguaram a presença de um jovem que se hospedou em um hotel da zona central de São José. Supostamente, ele poderia ser Léo, porém, era apenas um rapaz fisicamente semelhante.

Outro boato era de que o desaparecido poderia estar no distrito de São Francisco Xavier, pois o mesmo possui familiares que moram pelo local. Léo, porém, não foi localizado por lá.

A equipe de buscas que procura Léo, composta por amigos e familiares do estudante, informa que vem recebendo inúmeras informações desencontradas via redes sociais.

"POR FAVOR se vir o Leonardo em algum lugar ligar IMEDIATAMENTE para a polícia e nos encaminhar mensagem COM FOTO da possível pessoa parecida com ele, isso já ajudaria a descartar possíveis enganos", comentou uma amiga do desaparecido, em nota pública.

Relembre - Desaparecimento de universitário em São José completa uma semana; buscas continuam

Leia também - Amigos distribuem e colam cartazes em busca de universitário desaparecido em São José

Quem tiver informações sobre Léo deve relatá-las imediatamente às autoridades.

O CASO.

Léo desapareceu no último dia 23 de dezembro em São José dos Campos. Ele foi visto pela última vez na Vila Sinhá, zona norte da cidade, onde a família reside.

O jovem mora em Belo Horizonte (MG) há cinco anos e cursa Publicidade e Propaganda na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Ele esteve em São José para passar o Natal com a família, mas disse que sairia para almoçar com uma amiga no dia 23 e, desde então, não foi mais visto.

Segundo a família, Léo enfrentava problemas recentes com um ex-relacionamento. Em boletim de ocorrência, é relatado às autoridades que o jovem faz tratamento contra a depressão e deixou seus remédios para trás ao sumir.

Com toda a repercurssão ligada ao sumiço de Léo, a mãe do universitário disse que gostaria de mandar um recado para o filho.

"Eu gostaria de dizer para ele que eu o amo muito. Eu e o pai dele estamos de braços abertos esperando ele, em nome de Jesus", disse Maria Francisca de Fátima Prado Moreno, de 54 anos. Em áudio, dona Francisca diz acreditar que as reportagens feitas sobre o caso serão 'um canal para que Deus possa chegar até ele'.

Leia mais - ‘Léo, onde estiver, não sabe a dor que sinto’, diz mãe de universitário desaparecido

Leia mais - 'Te amo muito. Estou te esperando', diz mãe de universitário desaparecido em São José

O desaparecimento de Léo ganhou notoriedade também nas redes sociais. No Twitter, o post que deu o pontapé inicial para a reverberação do caso já foi curtido por mais de 118 mil pessoas e compartilhado quase 50 mil vezes. A hashtag '#achemoleonardo' também foi criada para dar notoriedade sobre o sumiço do joseense.