Quem visitar, até 27 de novembro próximo, a 59ª Bienal de Arte Contemporânea de Veneza, um dos mais importantes acontecimentos internacionais de arte, realizada de dois em dois anos, desde 1895, na Itália, terá a oportunidade de admirar as obras do artista plástico Marcelot. Na verdade, duas obras, o busto de Napoleão e o Leão de São Marcos, ambos utilizando como matéria prima jornais amassados. Um verdadeiro desafio, segundo o artista que, embora aparente ser europeu, tem a nacionalidade brasileira. Mais que isso: nasceu no Vale do Paraíba, mais precisamente na cidade de Potim, trazendo em seu RG o nome Marcelo Tomaz Galvão de Castro. Residindo atualmente em Zurique, na Suíça, depois de viver nos mais diversos países, da Alemanha à China, o artista realizou ao longo da carreira várias “residências artísticas”. Em 2018, no Brasil, onde por três semanas fez sua 1ª residência artística na Faap, São Paulo. Sua 2ª residência artística aconteceu em Shanghai, na China, a convite da Swatch em 2020, onde viveu, um mês depois de sua chegada, o início da pandemia. E em 2021, em plena pandemia, fez sua terceira residência, agora em Berlin, na Alemanha. Alguns países da Europa davam seus sinais de abrandamento nos protocolos da pandemia quando a Swatch, principal patrocinadora da Bienal de Veneza, convidou-o para expor em 2022. Mas o próprio Marcelot nos conta sobre sua presença em Veneza, “Na bienal estou expondo somente dois trabalhos: o busto do Napoleão e o leão de São Marcos, que eu fiz especialmente pra esse projeto, ambos feitos só de jornal amassado e lã”.

Antes da Bienal de Veneza fechar suas portas, no final de novembro próximo, Marcelot ainda vai expor paralelamente naquela cidade italiana três projetos que acaba de desenvolver: – “Antiguidade de Hoje”num museu de arte greco-romana; “Corpo Gráfico” sobre a questão indígena e “Capela”, um espaço místico num saguão industrial”. Mas sobre isso vamos escrever numa outra oportunidade. Saiba mais sobre seu trabalho e carreira no Instagram @marcelotartist