NÃO RECEBEU MOTO

Moradora do Vale paga R$ 4 mil por Pix e cai no Golpe do Facebook

Por Jesse Nascimento | Caçapava
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução/Dado Ruvic
‘Golpe do Facebook’: criminoso se apresenta como intermediador ou “dono” do veículo
‘Golpe do Facebook’: criminoso se apresenta como intermediador ou “dono” do veículo

Um ‘Golpe do Facebook’ virou caso de polícia após uma moradora registrar boletim de ocorrência por estelionato ao tentar comprar uma motocicleta anunciada em uma plataforma de compra e venda.

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Segundo o registro, após ver o veículo no local combinado, ela fez uma transferência via Pix de R$ 4 mil, mas o suposto vendedor sumiu e a moto não foi entregue.

O boletim aponta que o caso tem as características do ‘Golpe do Facebook’, quando um criminoso se apresenta como intermediador ou “dono” do veículo, conduz toda a negociação à distância, recebe o dinheiro e corta o contato com comprador e proprietário.

De acordo com o boletim de ocorrência, a vítima se interessou por uma motocicleta anunciada no Facebook e passou a conversar com o suposto vendedor, que levou a negociação para o WhatsApp (número com DDD 12, citado no BO). O anunciante informou um endereço no município para a vítima conferir o veículo pessoalmente.

No local, a vítima foi recebida por uma mulher, que disse que o marido chegaria com a motocicleta. Após visualizar o veículo, a vítima fechou a compra e realizou o pagamento combinado: R$ 4 mil via Pix para a conta indicada pelo “vendedor”. Logo depois da transferência, o contato deixou de responder e a entrega não ocorreu.

O registro policial descreve que, após a confusão, a vítima descobriu que quem estava com a motocicleta era o proprietário legítimo do bem. Ele relatou à polícia que um homem, identificado apenas como “Henrique”, teria oferecido “ajuda” para intermediar a venda da moto — porém, não repassou qualquer valor e não concluiu a negociação corretamente.

Na prática, segundo a própria descrição do BO, o ‘Golpe do Facebook’ teria prejudicado o comprador, que pagou e não recebeu, e o proprietário, que não conseguiu vender o veículo.

O boletim aponta que o autor não aparece presencialmente: ele usa fotos e anúncios, conversa por aplicativos, tenta controlar a comunicação e direciona o Pix para uma conta indicada por ele. É o padrão do golpe do terceiro vendedor, também conhecido como golpe do falso intermediário.

O boletim informa ainda que a vítima foi orientada sobre o prazo de seis meses para eventual representação, e o caso foi registrado como “BO para investigação”.

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