AVIAÇÃO

‘Chance de zerar tarifa nos EUA é muito boa’, diz CEO da Embraer

Por Da redação | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
Divulgação
Aeronave da Embraer
Aeronave da Embraer

O presidente e CEO da Embraer, Francisco Gomes Neto, disse estar otimista com um acordo entre os governos do Brasil e dos Estados Unidos sobre tarifas impostas ao setor.

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O presidente norte-americano, Donald Trump, impôs sobretaxa de 40% a produtos exportados pelo Brasil aos EUA, que se somam aos 10% de taxa anunciados anteriormente. Com isso, diversos produtos nacionais estão com 50% de taxa para a entrada nos EUA.

As aeronaves escaparam da sobretaxa de 40%, mas continuam com 10% para a exportação, o que prejudica os negócios da Embraer, a terceira maior fabricante de aviões do mundo.

A imposição tarifária de Trump prejudica a fabricante brasileira em dois aspectos, segundo Gomes Neto.

“As peças que a Embraer envia para os Estados Unidos, para montagem dos aviões executivos, estão sofrendo o pagamento da alíquota. Isso aumenta as despesas e deixa o produto mais caro”, explicou o executivo, durante conferência sobre os resultados financeiros da Embraer.

 No caso da aviação comercial, o tarifaço “pode desestimular as companhias aéreas a receber os aviões que eles compraram, ou até fazer novas compras”.

As tarifas de importação somaram US$ 17 milhões no terceiro trimestre, sendo US$ 15 milhões no setor de aviação executiva US$ 2 milhões no de serviços e suporte. No início do tarifaço, em abril, os impactos foram estimados em até US$ 65 milhões – até agora, totalizam US$ 27 milhões.

“Ainda teremos de US$ 35 milhões a US$ 38 milhões faltando, mas esperamos concluir abaixo do que previmos, de US$ 65 milhões”, disse Gomes Neto.

No entanto, após os encontros entre o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e o mandatário americano, o CEO da Embraer está otimista com a possibilidade de a tarifa voltar a ser zero na aviação.

“A negociação ocorre entre os dois governos, a Embraer não participa diretamente, mas eu diria que está caminhando muito bem”, afirmou o executivo, ao citar o encontro entre os presidentes Lula e Trump em Kuala Lampur (Malásia), em 26 de outubro. “Foi um passo muito importante. Nós estamos muito positivos com esse processo."

Ele lembra que isso já aconteceu em negociações envolvendo Reino Unido, Japão e Indonésia. “Uma vez ocorrendo acordo bilateral, as chances de avião e suas partes voltarem pra alíquota zero é muito boa”, disse Gomes Neto.

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