TRAMA GOLPISTA

Defesa de Bolsonaro pede absolvição e ataca delação de Mauro Cid

Por Da Redação | Agência Brasil
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução
Jair Bolsonaro
Jair Bolsonaro

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro protocolou nesta quarta-feira (13) suas alegações finais no STF (Supremo Tribunal Federal), pedindo a absolvição do ex-mandatário na ação penal que investiga a suposta trama golpista.

Clique aqui para fazer parte da comunidade de OVALE no WhatsApp e receber notícias em primeira mão. E clique aqui para participar também do canal de OVALE no WhatsApp

O documento, entregue ao ministro relator Alexandre de Moraes, foi protocolado no último dia do prazo, que se encerrou às 23h59.

No texto, os advogados afirmam que Bolsonaro não participou de atos para um golpe de Estado e reversão do resultado das eleições de 2022 e questionaram a delação premiada do ex-ajudante de ordens, Mauro Cid.

A defesa classificou a colaboração de Cid como "uma delação manipulada desde o seu primeiro depoimento e, portanto, imprestável", acusando-o de "se proteger apontando o dedo àquele cujos atos foram sempre públicos e de governo".

A defesa de Bolsonaro também criticou a mídia, alegando que "a maioria da imprensa não quer um julgamento, quer apenas conhecer a quantidade de pena a ser imposta".

Próximos passos e réus do processo

Com a entrega das alegações, a expectativa é que o ministro Alexandre de Moraes libere a ação penal para julgamento.

O presidente da Primeira Turma do STF, ministro Cristiano Zanin, será o responsável por marcar a data, com a previsão de que o julgamento ocorra em setembro.

O colegiado que julgará o caso é composto por Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux.

Além de Jair Bolsonaro, os réus do processo incluem:

Alexandre Ramagem - ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
Almir Garnier - ex-comandante da Marinha;
Anderson Torres - ex-ministro da Justiça;
Augusto Heleno - ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
Paulo Sérgio Nogueira (general) - ex-ministro da Defesa;
Walter Braga Netto - ex-ministro e candidato a vice na chapa de 2022;
Mauro Cid (tenente-coronel) - ex-ajudante de ordens.

Os acusados respondem por crimes como organização criminosa armada, golpe de Estado e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. As penas, em caso de condenação, podem ultrapassar 30 anos de prisão.

Comentários

Comentários