AVIAÇÃO

Ações da Embraer despencam com 'tarifaço' de Trump

São José dos Campos
| Tempo de leitura: 1 min
Da redação
Reprodução
Avião da Embraer
Avião da Embraer

As medidas tarifárias anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já provocam impactos imediatos sobre empresas brasileiras. Um dos principais alvos foi a Embraer, cujas ações (EMBR3) registraram queda significativa de 3,62% nesta quarta-feira (9), sendo negociadas a R$ 78,21, logo após a confirmação da tarifa de 50% imposta sobre produtos do Brasil.

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A fabricante de aeronaves, que mantém forte presença no mercado americano, poderá mitigar parcialmente os efeitos da medida por conta de sua estrutura industrial nos próprios Estados Unidos. A Embraer possui unidades em Jacksonville, onde é montado o A-29 Super Tucano, e também em Melbourne, na Flórida, onde são produzidos os jatos executivos da linha Phenom.

Contudo, a produção dos jatos comerciais E175, muito utilizados pela aviação regional norte-americana, segue concentrada na planta de São José dos Campos. Essas aeronaves são diretamente impactadas pelas novas tarifas. A empresa aguarda agora os desdobramentos das decisões do governo norte-americano e possíveis tratativas diplomáticas entre os dois países.

Em declarações recentes, a Embraer destacou que, caso as tarifas sejam mantidas, os custos adicionais serão integralmente repassados às companhias aéreas compradoras.

O CEO da AerCap, Aengus Kelly, à frente da maior empresa de leasing de aeronaves do mundo, já havia alertado sobre os efeitos negativos da política tarifária adotada por Trump. Em entrevista a uma emissora americana, Kelly foi categórico: “Ninguém vai pagar isso. As companhias aéreas vão simplesmente recorrer à Airbus”.

Kelly ainda criticou o efeito dominó provocado pelas retaliações comerciais entre países, citando que aeronaves da americana Boeing, como o 787 Dreamliner, podem sofrer um acréscimo de até US$ 40 milhões (cerca de R$ 230 milhões) por unidade, no cenário mais adverso.

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