
Luiz Felipe da Silva de Moura, de 31 anos, foi denunciado pelo Ministério Público pelos crimes de feminicídio e ocultação de cadáver, com agravantes, pela morte da ex-namorada Mariana da Costa Nascimento, 28 anos, cujo corpo foi encontrado enterrado na zona rural de Taubaté.
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De acordo com os advogados da vítima, a denúncia foi feita na noite da última quarta-feira (25). Agora, a Justiça deve tornar Luz Felipe réu pelos crimes, fase inicial da ação penal até que seja marcado o julgamento pelo Tribunal do Júri, em Taubaté. O acusado pode pegar de 30 a 40 anos de prisão.
Entre as agravantes que pesam contra Luiz Felipe, estão as de que Mariana era mãe de duas filhas pequenas, que ficaram órfãs, e que ela possuía medida protetiva contra o acusado, após um relacionamento conturbado com ele.
A denúncia também contraria a tese sustentada pela defesa de Luiz Felipe, de que ele a teria encontrado já morta, apenas enterrando o cadáver da ex-namorada. Ele poderia cumprir uma pena mais branda, em torno de três anos, se fosse condenado apenas pelo crime de ocultação de cadáver, segundo os advogados de Mariana.
A defesa de Luiz Felipe ainda não foi localizada para se manifestar. O espaço segue aberto.
O crime.
Mariana desapareceu no domingo, 8 de junho deste ano, após sair com o ex-namorado, com quem tinha um relacionamento conturbado há cerca de um ano, com uma medida protetiva de urgência decretada contra ele.
Ela informou à mãe e à irmã que estava em um bar e que tivera um desentendimento com Luiz Felipe. Mariana prometeu voltar para casa, mas não retornou. O boletim de desaparecimento foi registrado no dia seguinte.
Imagens de monitoramento e o rastreamento do carro de Luiz Felipe indicaram deslocamentos suspeitos até a área rural onde ele mora. No local, os policiais encontraram pertences da vítima às margens de um rio.
Mudança de versão.
Questionado pelos policiais, primeiro ele admitiu ter matado e enterrado a mulher na zona rural de Taubaté, perto de onde trabalhava. No entanto, após ser acompanhado por um advogado criminalista, ele mudou a versão em depoimento, admitindo apenas a ocultação do cadáver.
Ele disse que resgatou a vítima pendurada em uma árvore, abrindo espaço para uma suposta hipótese de suicídio, que foi rechaçada pela família de Mariana. Luiz Felipe ainda disse que escondeu o corpo com medo dos parentes da ex-namorada.
Ele afirmou ter encontrado Mariana já sem vida, pendurada em uma árvore, possivelmente com uma corda ou cadarço. Disse que cortou o material e retirou o corpo de lá. “Mariana estava pendurada”, disse ele.
Luiz Felipe foi autuado em flagrante e passou por audiência de custódia, na qual a Justiça manteve a prisão do então investigado, que foi levado para o CDP (Centro de Detenção Provisória) de Taubaté.
O corpo de Mariana foi velado e enterrado, em caixão lacrado, na tarde de 11 de junho, em Taubaté. O caso comoveu a cidade.