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'Eu matei ela, mas não tive culpa', diz assassino de Mikaella

Por Da Redação | Biguaçu
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução
'Eu matei ela, mas não tive culpa', diz assassino de Mikaella
'Eu matei ela, mas não tive culpa', diz assassino de Mikaella

"Eu matei ela, mas não tive culpa." A frase, dita durante o interrogatório, resume a confissão do homem de 23 anos acusado de matar a esteticista Mikaella Sagás, de 29.

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O suspeito, ex-namorado da vítima, passou por audiência de custódia nesta quinta-feira (15) e teve a prisão preventiva mantida.

Mikaella foi encontrada morta no apartamento onde morava, em Biguaçu, na Grande Florianópolis, no último sábado (10). Segundo a Polícia Civil, o crime ocorreu na noite anterior, sexta-feira (9), e o corpo foi descoberto após familiares estranharem o desaparecimento da jovem.

Durante o depoimento, o homem alegou ter cometido o crime após supostamente descobrir uma traição. A justificativa, segundo o delegado Manoel Galeno, responsável pelo caso, não altera o fato de que o homicídio foi brutal. “Ele confessou. Disse que fez por causa de uma traição. Já sabíamos de tudo, ele apenas confirmou”, afirmou o delegado.

O acusado se entregou voluntariamente à polícia na quarta-feira (14), após a Justiça expedir mandado de prisão preventiva no domingo (10). No entanto, mesmo após o crime, ele frequentou uma casa noturna e foi visto por conhecidos da vítima com um corte na mão, o que gerou ainda mais suspeitas.

Mikaella apresentava ferimentos provocados por faca e outras lesões, inclusive na região do pescoço. O laudo do Instituto Geral de Perícias ainda está em andamento. Marcas de sangue no apartamento indicam que o corpo foi arrastado. A Polícia Militar encontrou no local uma bermuda com vestígios de sangue, pertencente ao suspeito.

Além do crime de feminicídio, o homem tem um histórico policial com passagens por tráfico de drogas, roubo, receptação e lesão corporal. Após o assassinato, ele fugiu levando o carro e o celular da vítima, ambos posteriormente localizados e enviados para perícia.

Imagens de câmeras de segurança confirmaram sua presença no local do crime e o mostraram deixando o edifício com as roupas sujas de sangue. Uma amiga de Mikaella, ao notar a ausência da esteticista, desconfiou do comportamento do suspeito e informou a polícia.

A investigação foi concluída e encaminhada ao Ministério Público de Santa Catarina, que agora analisa o caso. O órgão informou que o processo segue em sigilo.

Mikaella era proprietária de uma clínica de estética em Governador Celso Ramos. Ela foi sepultada no Cemitério Municipal de Ganchos do Meio, sob comoção de amigos e familiares.

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