
Com o nome de Jair Bolsonaro subindo no telhado com a denúncia feita pela PGR de tentativa de golpe de Estado, crescem as chances de Tarcísio de Freitas abdicar da reeleição em São Paulo e ser lançar candidato à Presidência em 2026.
Ele, claro, nega.
Nem bem o tema foi tratado pela imprensa na última terça-feira, o governador do Estado foi rápido. “Não serei candidato, não tenho interesse”, disse Tarcísio. No Palácio dos Bandeirantes, o assunto é tabu. Eu estava no Palácio na terça-feira à tarde e conversei sobre isso com o vice-governador Felicio Ramuth. “Ele (Tarcísio) está focado em governar o Estado, são muitos desafios pela frente”, disse Felicio, encerrando o assunto.
O silêncio, no entanto, não esconde o óbvio: não agora, mas, com certeza, em um futuro próximo, com Bolsonaro, de fato, fora do jogo eleitoral, Tarcísio seja compelido a se candidatar ao Planalto.
Garrafas vazias ele tem para trocar ...
Tarcísio faz um governo bem avaliado à frente de São Paulo e surge bem posicionado nas pesquisas de intenção de voto a presidente da República mais recentes, empatado tecnicamente com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo levantamento feito pela Paraná Pesquisas. Além disso, o governador tem sido tratado como opção número 1 ao Planalto em 2026 pelo empresariado e pelos principais veículos de imprensa. Fora o fato de Tarcísio, por natureza, ter trânsito livre em Brasília, onde construiu boa parte de sua carreira e onde estão as raízes de boa parte de sua equipe.
Somando tudo isso, o que dá?
Por quanto, só especulação. Com Bolsonaro nas cordas, qualquer ação ou declaração de Tarcísio pode soar, neste momento, como uma traição, com consequências políticas irreversíveis. O silêncio é de ouro. Mas, como diz, em tom de chiste, uma liderança política experiente, se você quiser saber se um político é, de fato, candidato, pergunte a ele. Se ele negar é que, com certeza, candidato ele é. Só não é ainda ...