BLINDAGEM

Câmara barra perguntas sobre obra de escola paralisada em S. José

Por Sessão Extra | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução/Google Street View
Obra deveria ter ficado pronta no ano passado
Obra deveria ter ficado pronta no ano passado

Requerimento
Aproveitando o fato de ter maioria na Câmara de São José dos Campos, a base aliada ao governo Anderson Farias (PSD) conseguiu rejeitar nessa terça-feira (11) um requerimento da oposição que cobrava informações da Prefeitura sobre a paralisação da obra da nova Efeti (Escola de Formação em Tempo Integral) do bairro Bosque dos Ipês.

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A favor
Dos 21 vereadores, oito votaram a favor do requerimento: Amélia Naomi (PT), Anderson Senna (PL), Carlos Abranches (Cidadania), Juliana Fraga (PT), Lino Bispo (PL), Roberto Chagas (PL), Sérgio Camargo (PL) e Thomaz Henrique (PL). Todos esses parlamentares são da oposição.

Contra
Outros 11 vereadores votaram contra o requerimento: Claudio Apolinário (PSD), Fabião Zagueiro (PSD), Fernando Petiti (PSDB), Gilson Campos (PRD), Marcão da Academia (PSD), Marcelo Garcia (PRD), Milton Vieira Filho (Republicanos), Rafael Pascucci (PSD), Renato Santiago (União), Sidney Campos (PSDB) e Zé Luis (PSD) - desses, apenas Petiti é da oposição. Rogério do Acasem (PP) não estava na sessão. O presidente da Câmara, Roberto do Eleven (PSD), que também é da base governista, votaria apenas em caso de empate.

Obra
No requerimento, Lino Bispo afirmou que "as obras de construção da escola" estão "paralisadas há aproximadamente 12 meses, gerando grande preocupação entre os moradores da região", pois a unidade "é aguardada com expectativa pela comunidade, que sofre com a falta de vagas e com a necessidade de deslocamento de alunos para outras localidades".

Efeti
Ao custo de R$ 18,6 milhões, a obra começou em 2022 e deveria ter ficado pronta em 2024, mas houve um litígio entre a Prefeitura e a empresa responsável. O município busca agora contratar nova empresa para concluir o serviço.

Blindagem
A rejeição de requerimentos é uma forma de blindar o governo Anderson, já que esse tipo de documento deve ser respondido obrigatoriamente em 15 dias quando aprovado em plenário. Com a rejeição, a Prefeitura não é obrigada a responder à Câmara.

Balanço
Apenas em 2023, a base aliada ao governo Anderson na Câmara barrou 182 requerimentos que cobravam informações da Prefeitura. Em 2024, a blindagem deixou de ser adotada a partir de agosto, quando a oposição passou a ter mais cadeiras. No início de 2025, com a bancada governista retomando a maioria, a manobra voltou a ser aplicada.

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