
Requerimento
Aproveitando o fato de ter maioria na Câmara de São José dos Campos, a base aliada ao governo Anderson Farias (PSD) conseguiu rejeitar nessa semana um requerimento da oposição que cobrava informações da Prefeitura sobre uma paciente que aguarda por mais de três anos por uma cirurgia na rede municipal.
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A favor
Dos 21 vereadores, nove votaram a favor do requerimento: Amélia Naomi (PT), Anderson Senna (PL), Carlos Abranches (Cidadania), Fernando Petiti (PSDB), Juliana Fraga (PT), Lino Bispo (PL), Roberto Chagas (PL), Sérgio Camargo (PL) e Thomaz Henrique (PL). Todos esses parlamentares são da oposição.
Contra
Outros 11 vereadores votaram contra o requerimento: Claudio Apolinário (PSD), Fabião Zagueiro (PSD), Gilson Campos (PRD), Marcão da Academia (PSD), Marcelo Garcia (PRD), Milton Vieira Filho (Republicanos), Rafael Pascucci (PSD), Renato Santiago (União), Rogério do Acasem (PP), Sidney Campos (PSDB) e Zé Luis (PSD). O presidente da Câmara, Roberto do Eleven (PSD), que também é da base governista, votaria apenas em caso de empate.
Cirurgia
No requerimento, Juliana Fraga afirmou que a paciente foi convocada duas vezes para fazer a cirurgia - nos dias 11 e 26 de novembro de 2024 -, mas que nas duas oportunidades, "ao comparecer ao local de atendimento, foi informada pela equipe médica que não seria possível a realização da cirurgia no local previamente agendado, pois não havia o material necessário". Posteriormente, a mulher foi informada pela unidade de saúde que o pedido de cirurgia foi "arquivado" no sistema.
Blindagem
A rejeição de requerimentos é uma forma de blindar o governo Anderson, já que esse tipo de documento deve ser respondido obrigatoriamente em 15 dias quando aprovado em plenário. Com a rejeição, a Prefeitura não é obrigada a responder à Câmara.
Balanço
Apenas em 2023, a base aliada ao governo Anderson na Câmara barrou 182 requerimentos que cobravam informações da Prefeitura. Em 2024, a blindagem deixou de ser adotada a partir de agosto, quando a oposição passou a ter mais cadeiras. No início de 2025, com a bancada governista retomando a maioria, a manobra voltou a ser aplicada.