PRAIA NA BAHIA

Greve de ambulantes gera efeito contrário; banhistas agradecem

Por Thiago Bomfim | da Folhapress
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução/ TV Bahia
Ambulantes do carnaval protestam contra passarela na Barra
Ambulantes do carnaval protestam contra passarela na Barra

Uma greve de ambulantes e barraqueiros gerou o efeito contrário ao esperado pelos autônomos. Em vez de os banhistas se incomodarem com a ausência de serviços na Praia do Porto da Barra, em Salvador, passaram a elogiar a beleza da praia sem as barracas, cadeiras e mesas.

Protesto se iniciou após nova medida da Prefeitura de Salvador. A Semop (Secretaria Municipal de Ordem Pública) determinou que os ambulantes montem os kits, compostos de três cadeiras, uma barraca e uma mesas, somente sob demanda. Além disso, determinou que cada permissionário possa montar 10 kits na faixa de areia.

Medida foi tomada após reclamação de banhistas. Em um vídeo publicado nas redes sociais, um deles reclamava da falta de espaço para colocar canga na areia e que era necessário pagar para ter um espaço na areia. Ele afirma ainda que a praia estava "privatizada", chamando a situação de "vergonha".

"A praia ficou simplesmente perfeita". Os banhistas foram às redes sociais para elogiar a praia sem "poluição visual" e pedir para que a Prefeitura de Salvador regule a atividade dos banhistas. "Deu até vontade de ir", escreveu uma internauta. "A [Praia do Porto da] Barra estava insustentável com esses barraqueiros que se achavam donos da praia. Por mim tiraria tudo", publicou outra.

Barraqueiros fizeram protesto em frente à praia. Eles defendem que a quantidade máxima de cadeiras imposta pela SEMOP é inferior ao possível para os autônomos. Em entrevista à TV Bahia, um dos barraqueiros afirmou que colocava 80 cadeiras na praia -número muito superior ao permitido pela Prefeitura. "Com 30 cadeiras não tem como sustentar o que pagamos aqui", diz ele.

Em nota, a SEMOP afirmou que barraqueiros estavam descumprindo normas. A secretaria ainda apontou que "a legislação e as novas regras visam assegurar uma convivência harmoniosa entre comerciantes, frequentadores e a comunidade local, promovendo o uso ordenado da orla". Os autônomos têm de regular seus cadastros com a Prefeitura em até 15 dias. Outra reunião será realizada depois do Carnaval para reaver as demandas dos barraqueiros.

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