Um homem identificado como membro do PCC (Primeiro Comando da Capital) insinuou, em uma ligação, sobre a possibilidade de “sumir” com Maria Eduarda da Costa Mendes Gusmão, de 26 anos, após descobrir que ela era casada.
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Ele era um dos jovens da região que saíram para um passeio com Duda, como era conhecida a jovem, que incluiu uma visita a uma represa. Dez dias depois, Duda foi encontrada morta, com a causa do óbito identificada como traumatismo craniano.
Embora a principal hipótese da polícia seja atropelamento, os familiares desconfiam de assassinato, possivelmente envolvendo integrantes da facção criminosa.
Segundo o marido de Maria Eduarda, um dos rapazes que estava com ela teria se identificado como membro do PCC e, durante uma ligação, insinuado a possibilidade de “sumir com ela” após descobrir que Duda era casada.
Segundo uma tia de Duda, a última vez que a família teve notícias da jovem foi quando um dos homens atendeu a ligação do marido dela. “Cadê a Duda? Eu quero falar com a Duda. É o marido dela que está falando. Cadê ela?”, contou a tia sobre a ligação.
As revelações foram feitas em reportagem do Cidade Alerta, da TV Record.
Passeio.
O drama da família de Duda começou no dia 17 de dezembro, quando ela saiu com a cunhada, de 17 anos, para comprar bebidas. Durante a noite, elas encontraram um grupo de quatro jovens — três em um carro e um em uma moto. O grupo seguiu para uma represa em Jacareí, onde passaram horas confraternizando.
A cunhada, ao sentir-se desconfortável, pediu para voltar para casa e foi levada por um dos rapazes. Duda, no entanto, decidiu permanecer com o grupo, afirmando que mais tarde retornaria por conta própria.
Nos dias seguintes, a família viveu uma angústia crescente. A cunhada tentou contato com os rapazes, mas recebeu diferentes versões sobre o paradeiro de Duda. Um deles afirmou que a deixou em um shopping, outro disse que havia chamado um Uber para levá-la embora.
O mistério aumentou quando o corpo de Duda foi identificado no IML (Instituto Médico Legal). Ela foi encontrada às margens da Via Dutra, sem outros hematomas no rosto, exceto por um dente quebrado, o que levantou suspeitas de que o atropelamento poderia ter sido uma encenação para encobrir um crime mais brutal.
Justiça.
Maria Eduarda, mãe de quatro filhos e com o sonho de se tornar policial, era descrita pela família como uma mulher amorosa e generosa. “Ela sempre ajudava quem precisava. Agora queremos apenas a verdade e justiça pelo que aconteceu com ela”, disse uma tia.
A polícia segue investigando o caso e busca esclarecer as circunstâncias da morte, enquanto a família clama por respostas.