AGRESSÃO

Mãe acusada de agredir filho autista é presa em flagrante no Vale

Por Jesse Nascimento | Guaratinguetá
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução
Caso foi registrado na Polícia Civil
Caso foi registrado na Polícia Civil

Uma mulher de 49 anos foi presa em flagrante no bairro Chácaras São Dimas, em Guaratinguetá, na tarde deste domingo (29), acusada de agredir constantemente seu filho de 15 anos, diagnosticado com transtorno do espectro autista.

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A ocorrência foi registrada após a Polícia Militar ser acionada para averiguar uma denúncia de violência doméstica.

Ao chegarem ao local, os policiais encontraram a mãe, que inicialmente relatou ter sido ameaçada pelo filho, com um cabo de vassoura. O adolescente estava em um dos cômodos da casa, visivelmente amedrontado e chorando.

Durante conversa com os policiais, o jovem revelou que era frequentemente agredido pela mãe e apresentou marcas de lesões recentes e antigas pelo corpo, incluindo escoriações no pescoço e nas pernas.

A equipe policial fotografou as lesões e encaminhou ambos à delegacia. A Polícia Civil acionou o Conselho Tutelar, que compareceu ao plantão para acompanhar o adolescente e providenciar os encaminhamentos necessários.

Testemunhas.

Uma vizinha da família testemunhou que a mãe frequentemente agredia o adolescente e relatou ter ouvido barulhos indicando episódios de violência.

Segundo a testemunha, a mãe chegou a apertar o pescoço do filho em uma ocasião recente. As lesões constatadas pelo médico legista corroboraram os relatos, indicando marcas compatíveis com agressões recentes.

Durante o interrogatório, a mãe, assistida por advogados, alegou que as lesões foram causadas em legítima defesa. Ela afirmou que o filho a ameaçou de morte com uma faca e que estava envolvido com pessoas de caráter duvidoso. A mãe também mencionou que possui problemas pessoais com a vizinha que testemunhou contra ela.

Após análise do conjunto probatório, a autoridade policial determinou a prisão em flagrante da mãe pelos crimes de lesão corporal no âmbito de violência doméstica.

Por se tratar de um crime cuja pena máxima supera quatro anos, foi decretada a prisão preventiva sem concessão de fiança. Ela foi encaminhada ao IML (Instituto Médico Legal) para exame de corpo de delito e, posteriormente, ao cárcere estadual, onde aguardará audiência de custódia.

O adolescente foi entregue aos cuidados do Conselho Tutelar, que está responsável por garantir sua segurança e providenciar o devido acompanhamento psicológico e social. O caso segue sob investigação para apurar a totalidade dos fatos e garantir a proteção da vítima.

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