Preso pela PF (Polícia Federal) na manhã deste sábado (14), o general da reserva Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil (2020) e ex-ministro da Defesa (março de 2021 a abril de 2022), além de ex-candidato a vice de Jair Bolsonaro na chapa de 2022, pode ser condenado a pelo menos 30 anos de prisão.
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Braga Netto é alvo do inquérito que investiga o plano de golpe de Estado contra o presidente Lula. Ele é acusado por três crimes: tentativa de abolição do estado democrático de direito, golpe de Estado e organização criminosa.
A PF também faz busca e apreensão na casa do ex-ministro, no Rio de Janeiro, e do coronel Flávio Botelho Peregrino, ex-braço direito de Braga Netto, também da reserva, em Brasília.
Os mandados foram expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). O procurador-geral da República, Paulo Gonet, concordou com o pedido de prisão de Braga Netto.
Braga Netto foi preso em Copacabana e ficará sob custódia do Exército, no Comando da 1ª Divisão de Exército, na Vila Militar em Deodoro, zona oeste do Rio de Janeiro. A PF também cumpre uma medida cautelar contra "indivíduos que estariam atrapalhando a livre produção de provas".
Advogados do general negam que ele tenha coordenado uma tentativa de golpe. Em nota divulgada na semana passada, a defesa diz que Braga Netto não tratou de um suposto golpe e "muito menos do planejamento para assassinar alguém".
O general da reserva é um dos personagens mais mencionados no relatório de 884 páginas da Operação Contragolpe, sendo citado 98 vezes. A investigação resultou no indiciamento de Braga Netto, do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros 35 acusados.