Um homem de 64 anos, morador do bairro São Francisco, em São Sebastião, denunciou à Polícia Civil, na quarta-feira (11), ter sido vítima de um golpe financeiro envolvendo uma suposta plataforma de criptoativos – ativos virtuais.
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O prejuízo total do idoso, que realizou várias transferências bancárias ao longo de um mês, foi de R$ 1,889 milhão. Todas as transações foram realizadas para contas vinculadas a uma agência bancária em Araraquara, no interior de São Paulo.
Segundo o relato registrado na delegacia, o golpe começou em outubro de 2024, quando a vítima ingressou em um grupo de WhatsApp, após clicar em um anúncio no Facebook.
No grupo, integrantes identificados no boletim de ocorrência pelos primeiros nomes ofereciam instruções sobre investimentos na plataforma de criptoativos, prometendo retornos expressivos em pouco tempo. Para operar, os supostos consultores orientavam os participantes a realizar depósitos em contas de pessoas jurídicas.
A vítima criou uma conta na plataforma no dia 18 de outubro e fez seu primeiro depósito, de R$ 5 mil, para uma conta registrada no nome de um comércio varejista.
Após visualizar supostos lucros na plataforma, ele foi convencido a realizar transferências subsequentes, acreditando que os rendimentos aumentariam.
No total, foram feitas dez transferências para diferentes empresas de comércio varejista, todas com contas em unidade bancária de Araraquara (SP). Os valores foram de R$ 14 mil a R$ 500 mil e os depósitos foram feitos entre 22 de outubro e 21 de novembro.
A vítima descobriu o golpe quando a plataforma bloqueou o acesso ao dinheiro, impossibilitando qualquer saque. Após o ocorrido, ele pesquisou o nome da empresa no site ‘Reclame Aqui’ e constatou a existência de 287 reclamações semelhantes, com outras pessoas relatando prejuízos financeiros.
A maioria das empresas para as quais os depósitos foram realizados atua no comércio varejista, com exceção de uma que possui registro como corretora.
A Polícia Civil já iniciou a investigação. Os responsáveis pelos números de telefone e pela plataforma foram citados na ocorrência como autores do golpe. A reportagem tentou contato com a plataforma de investimentos e com as empresas envolvidas, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto.
