CRISTO REI

Bispo prevê R$ 15 mi para criar santuário para 2.000 fiéis em SJC

Por Xandu Alves | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 3 min
Divulgação / Arquivo Pessoal
Ordenação episcopal de dom Léo Assis (deitado), em São José
Ordenação episcopal de dom Léo Assis (deitado), em São José

Bispo da Diocese Católica Episcopal Cristo Rei, que pertence ao Movimento Continuante, dom Léo Assis, 35 anos, prevê investir R$ 15 milhões para construir o Santuário Cristo Rei na zona norte de São José dos Campos. O projeto deve começar a sair do papel no primeiro trimestre de 2025.

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A proposta é construir um santuário em um terreno de aproximadamente 60 mil metros quadrados no bairro de Buquirinha, na zona norte da cidade. O dinheiro está sendo arrecadado por meio de doações.

O tempo estimado da obra é de dois anos, para erguer um templo com capacidade para receber cerca de 2.000 fiéis sentados e amplo espaço para ônibus, área de alimentação e um complexo de formação filosófica e teológica para futuros padres e também leigos.

Além disso, o movimento prevê construir uma obra social na zona sul da cidade, com um orfanato e um centro de acolhimento para moças vítimas de abuso sexual.

Os projetos mostram que os planos de dom Léo são ambiciosos. Natural do sul de Minas Gerais, o religioso lidera o Movimento Continuante no Vale do Paraíba. Ele se tornou bispo na noite do último sábado (7), após receber a ordenação episcopal de três bispos do movimento, incluindo dom Georges Gaidhos, arcebispo da Igreja no Brasil.

Dom Léo é bispo diocesano da Diocese Católica Episcopal Cristo Rei, que abrange a região do Vale do Paraíba e não tem nenhuma ligação com a Diocese de São José dos Campos e tampouco com a Igreja Católica Apostólica Romana.

O Movimento Continuante é ligado a uma dissidência norte-americana da Igreja Anglicana da Inglaterra.

Semelhanças.

Os paramentos, títulos e rituais são praticamente os mesmos da Igreja Católica Romana, incluindo missas de cura e libertação, além de rituais de exorcismos, todos também realizados pelos católicos romanos. A igreja do movimento também chama a celebração de “Santa Missa”, reza orações e utiliza a hóstia consagrada ou o pão ázimo.

No entanto, a Igreja Episcopal não obriga o religioso a ser celibatário e aceita padres e bispos casados. Os membros também têm trabalho remunerado fora da Igreja.

“Há diferenças pontuais das igrejas separadas de Roma. Não estamos submetidos à autoridade ao santo papa, mas nossa província reconhece que Francisco é sucessor de Pedro. A nossa intenção em São José é construir pontes, enquanto movimento eclesiástico. Não queremos dividir e nem tomar fiéis de ninguém”, afirmou dom Léo.

“A maioria dos nossos padres e bispos tem um serviço secular e não é a Igreja quem paga salário oficial. Às vezes temos ajuda de custo para moradia e transporte, mas a recomendação é que cada um se sustente para não pesar no povo de Deus.”

Pregação.

Atualmente, dom Léo prega e celebra missas no Santuário Cristo Rei, um espaço de celebração no Jardim Satélite (rua Bambuí, 231), na zona sul, para até 150 pessoas.

As celebrações acontecem às quintas-feiras, às 19h30 (Encontro de Cura e Libertação) e aos domingos, às 9h30 e 19h30, com missas por Cura e Libertação.

“No Santuário Cristo Rei todos são bem-vindos, ninguém será excluído”, disse dom Léo, que tem 140 mil seguidores nas redes sociais.

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