NOVA REALIDADE

Vivemos um novo mundo do trabalho, diz Marco Vinholi, do Sebrae

Por André Fleury Moraes | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Bruno Freitas
Diretor do Sebrae-SP, Marco Vinholi foi secretário estadual de Desenvolvimento Regional
Diretor do Sebrae-SP, Marco Vinholi foi secretário estadual de Desenvolvimento Regional

O mundo mudou e com ele veio a nova realidade sobre o trabalho. Resta às empresas descobrir como se adaptar a isso - e este é o papel do Sebrae, afirma o diretor técnico da entidade Marco Vinholi, ex-secretário de Desenvolvimento Regional do Estado de São Paulo, que esteve nesta sexta-feira (29) no Café com Política, no Jornal da Cidade.

"Os últimos anos levaram as relações de trabalho e o empreendedorismo como um todo a um outro patamar", explica. "Mas ao mesmo tempo dois terços dos empreendedores do País quebram antes de cinco anos", acrescenta.

Isso indica uma contradição natural do problema. "Por um lado cresce o número de empreendedores; por outro, temos dados como esse", pontua. Segundo Vinholi, a quantidade de CNPJs cresce por necessidade ou oportunidade - mas o ambiente de negócios é muito competitivo e a oferta de crédito, baixa.

Daí o papel do Sebrae, argumenta Vinholi. A entidade possui mecanismos para auxiliar - gratuitamente, ressalta - pequenos, médios ou grandes empreendimentos. Principalmente no que diz respeito a um plano de negócios. "É o grande diferencial entre o sucesso e o fracasso", define Vinholi.

O País deve caminhar, entende o diretor, rumo à cultura do empreendedorismo. Nesse sentido há dois gargalos atuais, afirma. O primeiro é o acesso dificultado a linhas de crédito. O segundo envolve conhecimento. "Muita gente abre um negócio sem saber o quanto vai pagar de imposto, por exemplo, e demais encargos. Mas precisa haver fluxo de caixa. Esse desconhecimento leva muita gente a se aventurar", lamenta.

A situação piora antes mesmo de melhorar, já que neste caso o empreendedor entra numa bola de neve em dívidas ou despesas. "Nesse ponto entra o Sebrae. Como fazer com que o negócio melhore? Trabalhamos a partir dessa premissa", explica. Há, porém, um outro problema: qualificação. "Hoje você tem empresas que buscam mão de obra fora por falta de força de trabalho qualificada. Atuamos bastante nesse aspecto. Desde e-commerce até questões de economia criativa, entre outros", acrescenta.

Aí entra, diz Vinholi, o papel do poder público - que deve ser um grande articulador, um grande maestro entre as necessidades do trabalho e a qualificação da mão de obra, afirma. "O Sebrae tem as ferramentas; a iniciativa privada, a demanda. E cabe às autoridades exercer seu papel também", pontua.

Qualquer empreendedor pode solicitar apoio do Sebrae. Basta procurar alguma das regionais da entidade ou a central de atendimento da instituição. A solicitação é gratuita.

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